Os preços pagos aos produtores de leite do país ficaram estáveis em janeiro na comparação com o mês anterior, segundo levantamento da Scot Consultoria. Pelo produto, que foi entregue em dezembro, os pecuaristas receberam, na média nacional, R$ 0,803 por litro.
Ainda que os preços pagos aos produtores do Sul do país tenham subido por causa da seca na região, houve recuo em outras bacias leiteiras. Isso explica a estabilidade na média nacional, segundo Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria.
O levantamento mostrou recuo nos preços aos pecuaristas nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, por exemplo, e alta no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nem as chuvas em Minas, que atrapalharam o transporte do leite, sustentaram as cotações. "O efeito é pontual", comentou.
Ribeiro disse que a seca em dezembro não afetou de forma severa a captação de leite no Sul do país, mas a situação piorou este mês. A razão para o recuo dos preços na maior parte das regiões pesquisadas pela Scot é que a demanda permaneceu desaquecida em janeiro por conta do período de férias. "O mercado ainda é baixista, mas a expectativa é de recuperação da demanda em fevereiro", disse.
Os preços do longa vida ficaram praticamente estáveis no atacado e caíram no varejo em janeiro. "Está difícil repassar", disse Ribeiro.
Veículo: Valor Econômico