Ministra defende licença-maternidade de 6 meses obrigatória

Leia em 1min 40s


Atualmente, as empresas são obrigadas a pagar apenas os quatro primeiros meses da licença, ficando os dois meses restantes como opção. A ministra estima que nem 30% das companhias no país implementaram a nova legislação. E deixou claro que seu objetivo é de que até para que isso seja concretizado, todo o período precisaria passar a obrigatório.

Além disso, a ministra defende ampliação do período de licença-paternidade, que segundo ela varia de cinco a dez dias, dependendo das empresas. Considera fundamental a participação masculina também no pós-parto.

Pela primeira vez, o Brasil será submetido ao escrutínio da comunidade internacional sobre direitos da mulher, hoje, no Comitê para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Cedaw) das Nações Unidas, em Genebra. E a ministra Menicucci apontará a ampliação do período de licença-maternidade como uma das evoluções ocorridas no Brasil entre 2006 e 2009 no campo dos direitos das mulheres.

Em entrevista, ontem, ela sinalizou sua intenção de fazer campanha no Brasil para reduzir o fosso salarial entre homens e mulheres. "Embora mais escolarizadas, mais capacitadas e ocupando em 20% os postos iguais aos homens, as mulheres ganham menos", disse ela, estimando que a diferença seria de 25% a 30% no país.

Em Genebra, uma das curiosidades é sobre a real posição do governo Dilma Rousseff sobre o aborto. A ministra, conhecida por sua posição liberal sobre o tema, disse que vai "seguir as diretrizes do governo". E, segundo ela, "essa questão não está na pauta do governo, é questão do Legislativo e da sociedade civil e acompanharemos o desenvolvimento do debate".

Ela vai destacar hoje também a Lei Maria da Penha, que visa combater a violência doméstica contra a mulher. Um ponto importante é o julgamento do começo deste mês, do Supremo Tribunal Federal, que decidiu por dez votos a um que o Ministério Público pode apresentar denúncia contra agressões de mulher independentemente do consentimento da vítima.

No comitê, a ministra não deve se esquivar de abordar deficiências e desafios do Brasil, mas ontem argumentou sobre dificuldade de implementação de programas num país de dimensão continental.


Veículo: Valor Econômico


Veja também

BR Malls adquire parte do controle do Itaú Power

A administradora de shopping centers BR Malls anunciou ontem a aquisição de 33% do Itaú Power Shopp...

Veja mais
Forno de Minas namora empresa da Espanha

Ingapan, indústria de pães com presença em 22 países, negocia uma possível joint-vent...

Veja mais
Nestlé cresce menos no Brasil do que em outros emergentes

As vendas da Nestlé no Brasil alcançaram 5,418 bilhões de francos suíços (R$ 10,1 bil...

Veja mais
Shopping for friends: supermarkets battle for Facebook fans (Internacional)

February 16, 2012Grocery stores are making up for lost time in engaging customers on Facebook, with customer interaction...

Veja mais
General Mills leva Yoki por R$ 2 bilhões

A General Mills acertou a compra da fabricante de alimentos Yoki por R$ 2 bilhões, segundo fontes próximas...

Veja mais
Preço de linha branca sobe, apesar do IPI menor

O IPCA de janeiro captou aumento médio de 0,88% em janeiro ante queda de 2,68% em dezembro; analistas dizem que '...

Veja mais
Vendas globais de orgânicos sobem 9,2%

As vendas globais de produtos orgânicos subiram 9,2% em 2010 diante da demanda mais forte dos Estados Unidos, Fran...

Veja mais
Onofre nega venda a redes estrangeiras

Rumores de mercado que afirmavam que a Drogaria Onofre estaria sendo negociada para as redes americanas CVS e Walgreens ...

Veja mais
Kellogg compra a Pringles da P&G por US$ 2,7 bi

Unidade de batatas fritas havia sido vendida à Diamond Foods no ano passado, mas negócio acabou sendo canc...

Veja mais