Kellogg compra a Pringles da P&G por US$ 2,7 bi

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Unidade de batatas fritas havia sido vendida à Diamond Foods no ano passado, mas negócio acabou sendo cancelado


A Procter & Gamble fechou a venda de sua unidade de batatas fritas Pringles à Kellogg por US$ 2,7 bilhões em dinheiro, num novo acordo que finalmente permitirá à fabricante do produtos para o lar deixar o negócio de alimentos. O acordo proporcionará à fabricante de cereais para o café da manhã a possibilidade de ingressar com força no segmento de salgadinhos.

A Kellogg quer ter uma unidade de salgadinhos comparável ao seu conhecido negócio de cereais. A chegada da Pringles a essa formação aumentará em cerca de três vezes o negócio de petiscos da Kellogg, fazendo com que passe a representar quase 50% de sua carteira geral.

A P&G concordara em vender a Pringles à Diamond Foods no ano passado, mas o negócio fracassou este mês, depois de uma auditoria da Diamond. A Diamond afirmou ter encontrado uma contabilidade inapropriada de pagamentos a produtores de nozes, o que a levou a substituir seu presidente executivo e seu diretor de Finanças. O governo americano também está examinando as práticas contábeis da Diamond.

"Com os resultados da auditoria e a mudança da direção, (o negócio) deixava de ser viável", disse o presidente e presidente executivo da P&G, Bob McDonald. O acordo com a Kellogg estará concluído em meados deste ano.

Quando os jornalistas perguntaram ao presidente executivo da Kellogg, John Bryant, por que motivo sua companhia não adquiriu a Pringles no ano passado quando foi posta à venda, ele respondeu que era difícil competir com a oferta da Diamond.

Embora a Pringles fosse um dos motores da P&G, gerando cerca de US$ 1,5 bilhão ao ano em vendas, era a única operação de alimentos e já não se adequava ao enfoque da companhia em itens como produtos de beleza e cuidado pessoal. Nos últimos anos, a P&G vendeu também as operações de café Folgers e de manteiga de amendoim Jif.



Veículo: O Estado de S.Paulo


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