Certificação do leite é prioridade em Minas

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Como meta para se adequar a rigorosos padrões de exigência sanitária internacionais, a indústria mineira de laticínios vem buscando métodos avançados e inovadores para capacitar e certificar a qualidade de seus produtos. Iniciado em 2011, o Sistema Mineiro de Qualidade do Leite (SMQL) vem apresentando resultados positivos nos primeiros laticínios em que receberam suporte para implantação de normas sanitárias, exigências de produção, identidade e qualidade do leite.

Essa iniciativa é resultante da parceria entre o Polo de Excelência do Leite e Derivados, vinculado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), e a empresa neozelandesa QConz América Latina, que reúne tecnologia com eficácia comprovada e segue as premissas dos melhores programas de qualidade existentes no mundo.

O objetivo do programa é capacitar os laticínios a desenvolver um programa de educação continuada junto aos seus produtores, por meio de técnicas simples e de baixo custo, como, por exemplo, o "Cinturão de Qualidade". Com espaços reservados para produtos higienizantes e papel-toalha, o cinturão auxilia o produtor no momento da ordenha, contribuindo para a redução no número de Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS) presentes no leite.

O treinamento aborda as normas de produção e qualidade do leite presentes na Instrução Normativa 62 - documento que oficializa os métodos para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água, além de atender às necessidades dos produtores, laticínios e consumidores. Assim, está sendo possível aos produtores aumentarem a renda ao receber mais pelo litro de leite com qualidade; os laticínios por terem um ganho na produtividade e o consumidor por adquirir um produto com maior qualidade.


Adequação - Os dados revelam que os fornecedores das indústrias laticinistas participantes estão conseguindo se adequar às novas exigências. O Laticínio Alzira, por exemplo, reduziu cerca de 70% no índice de CBT e 45% no de CCS, entre os meses de abril e julho. Essa diminuição serve como parâmetro no que diz respeito ao aumento da qualidade e do rendimento dos produtos lácteos.

A iniciativa já atingiu 68 laticínios, onde 1.170 produtores rurais e 110 técnicos foram capacitados, o que contribui para a difusão do programa. Para a implantação do SMQL, metade dos recursos foram subsidiados pelo governo de Minas, por meio da Sectes e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), totalizando R$ 500 mil. A outra parte é a contrapartida dos laticínios.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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