Luiz Cézar Fernandes vai presidir holding Laep

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Um dos fundadores do banco Pactual, Luiz Cézar Fernandes, assume hoje o comando da Laep no lugar do empresário Marcus Elias. Desde 1999, Fernandes estava afastado do mercado financeiro dedicando-se a uma criação de ovelhas na região Serrana do Rio de Janeiro.

 

O convite para ocupar a presidência da Laep veio na sexta-feira passada do próprio Marcus Elias. "Acredito que posso agregar valor à gestão dos negócios da Laep, trazendo minha experiência em recuperação de companhias", disse ao Valor.

 

Fernandes, 66 anos, conta que participou da reestruturação da Mesbla, Lacta, Fundição Tupy, CTM Citrus e Benetton.

 

De São Paulo, o executivo explica que ainda está na fase de se inteirar dos negócios da Laep, que detém uma participação indireta na LBR Lácteos, detentora da marca Parmalat, e controla a Daslu, de moda. "Ainda não achei a porta do banheiro", assume. Mas ele está seguro de que aporta na Laep em "condições melhores do que já foram". E julga, inclusive, que a atual gestão da Daslu tem sido muito competente.

 

"No caso da LBR, minhas missão será mais de compartilhar conhecimentos com a GP Investments [controladora da empresa]", ressaltou.

 

Questionado sobre os boatos de que o empresário Marcus Elias planeja vender sua fatia controladora na empresa, Fernandes disse apenas achar que "ainda não é hora de vender", e informou que Elias permanece na empresa como presidente do conselho de administração.

 

Entre os desafios do executivo à frente dos negócios, está a melhoria da comunicação da Laep com o mercado, que questiona, por exemplo, os atrasos na divulgação dos balanços da empresa.

 

Da abertura de capital em 2007 para cá, as ações da Laep caíram 99,5%, com o avanço em 17 vezes da quantidade de papéis. O fenômeno é fruto das sucessivas emissões de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) para o pagamento de credores - principalmente da Parmalat - e da entrada do fundo Global Emerging Markets (GEM) na empresa.

 

Criticado por alguns acionistas minoritários, que chegaram a fazer uma manifestação nas ruas contra a administração da Laep no mês passado, o programa de conversão de dívida em capital foi, segundo a empresa, um dos responsáveis por tornar positivo o seu patrimônio líquido - que era de R$ 463 milhões em julho de 2011.

 

Veículo: Valor Econômico


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