As torrefadoras de café estão lutando tanto por fatia de mercado quanto por matéria-prima, à medida que enfraquece a oferta do cobiçado pequeno grão colhido à mão. A indústria vai falar muito sobre este e outros assuntos voltados para o mercado em mutação na conferência anual da Associação Nacional do Café dos Estados Unidos, nesta semana.
A partir de quinta-feira, executivos de empresas que vivem do café, como a Starbucks Corp, a Kraft Foods Inc., e a JM Smucker Co. vão se juntar a grupos de produtores, casas de comércio de commodities e bancos na reunião em Charleston, no Estado americano da Carolina do Sul.
Outro tema de discussão será o crescimento explosivo das máquinas que servem uma única xícara de café. A Starbucks está no centro do frenesi do assunto. Atualmente, a empresa vende seu café nos sachês K-Cup, que trabalham com a máquina Keurig. As máquinas, feitas pela Green Mountain Coffee Roasters, estão na faixa de preço de US$ 80 a US$ 250. Mas, este mês, a Starbucks afirmou que vai começar a vender sua própria máquina, a Verismo, no segundo semestre, o que derrubou as ações da Green Mountain Coffee Roasters.
"O segmento premium da máquina de uma única xícara é o negócio que mais cresce dentro da indústria global de café", disse Howard Schultz, presidente da Starbucks, em um comunicado à imprensa anunciando o produto.
O grande desafio para torrefadores, porém, é o fornecimento de café. As chuvas torrenciais na Colômbia - que produz o grão arábica leve, o tipo frequentemente usado em café gourmet - danificaram as plantações, e juntamente com uma colheita de menor no Brasil, levou os preços ao maior patamar em 14 anos, no ano passado.
Veículo: Valor Econômico