A aquisição do grupo Mabel pela PepsiCo foi aprovada sem restrição pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em sessão realizada ontem. A decisão foi unânime. Anunciada em novembro do ano passado, a operação entre as duas empresas passou pelo órgão antitruste sem discussão no plenário.
O processo que analisava a compra da Mabel foi aprovado em votação "em bloco" -- procedimento em que o Cade julga vários processos de uma só vez, sem debate, por entender que não é necessário complementar as análises já feitas do caso, como o parecer da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça.
Com a compra da fabricante de biscoitos e salgadinhos Mabel, a PepsiCo passou a deter marcas como Elbi's, Kelly, Skiny e Mabel. Quando confirmou a operação, a PepsiCo, detentora de marcas como Elma Chips e Toddy, afirmou que passa a ter "novas oportunidades de crescimento e expansão".
Estimada em R$ 800 milhões, a aquisição da Mabel envolve cinco fábricas no país. A PepsiCo passa a empregar em torno de 12 mil pessoas, além de deter 19 fábricas de alimentos e bebidas em todo o país. A disputa pela sétima maior fabricante de biscoitos do país envolveu nove companhias interessadas na empresa, entre elas, as multinacionais Bunge e Bimbo.
Em nota divulgada após a compra, a PepsiCo disse que o biscoito é "consumido por 98% das famílias brasileiras, colocando o país como o segundo maior produtor de bolachas e crackers do mundo".
Veículo: Valor Econômico