Argentina impede entrada de calçados brasileiros

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Produtos estão sendo barrados na fronteira por conta das medidas restritivas impostas pelo país vizinho.

O Brasil tem 2,229 milhões de pares vendidos para Argentina mas que estão barrados por conta das medidas restritivas impostas pelo país vizinho aos produtos brasileiros, disse ontem o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein. "Todos esses pares foram vendidos, mas estão na fronteira ou estocados", afirmou.

"A Argentina é um mercado altamente promissor. São os principais compradores do Brasil de calçados e outros produtos. Se não fossem as restrições às quais estamos sujeitos, poderíamos vender 25 milhões de pares para a Argentina ao ano. Há uma série de restrições impostas pelo país que fere as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio). Isso é ilegal", avaliou o executivo.

De acordo com Klein, a associação tem levado ao governo as reivindicações do setor, mas questões diplomáticas impedem uma tomada de decisão mais efetiva. "Estamos indo a Brasília toda semana para levar os pedidos dos empresários", contou.

O executivo revelou que, na semana passada, em reunião com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ficou claro que o governo pretende endurecer o discurso nas negociações previstas para o dia 12, quando os dois países se reunirão para buscar alguma alternativa de normalização.

"Parece que finalmente o governo entendeu que empresas brasileiras, acreditando no acordo entre os dois países, fizeram investimentos e acordos com empresas argentinas e agora não conseguem embarcar seus produtos", ressaltou.

O Brasil gastou 15% mais com importações de produtos do setor calçadista no primeiro quadrimestre ante igual período de 2011. De acordo com a entidade, as importações brasileiras de calçados custaram US$ 146 milhões, que compraram 15 milhões de pares entre janeiro e abril.

O Vietnã ficou em primeiro lugar em valores, com importações de US$ 81 milhões, mas em segundo no volume de pares enviados (4 milhões). A China teve a maior participação, com 46% do volume importado ou quase 7 milhões de pares (US$ 29 milhões). A Indonésia ficou em segundo em envio e em valores. O país embarcou 2 milhões de pares para o Brasil e obteve US$ 36 milhões.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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