Setor de serviços reduz planos de contratação

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Sondagens feitas pela FGV sobre os planos das companhias de aumentar seu número de funcionários mostram que os empresários do setor de serviços puseram o pé no freio nas novas contratações.

O índice que mede a intenção de contratar no setor atingiu o menor nível desde agosto de 2009. É um dado ruim, porque se refere ao setor que tem exibido mais dinamismo na economia.

Números do Ministério do Trabalho mostram que os serviços geraram 959 mil vagas formais no ano passado, 48% do total criado no período.

Mas, segundo o coordenador de sondagens conjunturais da FGV, Aloisio Campelo, as entrevistas com as empresas de serviços (2.668 em maio) mostram forte desaceleração das intenções de contratação nos últimos meses.

Isso, diz, é reflexo do esfriamento da economia e das dúvidas sobre a recuperação.

"Com a demora na recuperação econômica, as empresas botaram um pouco o pé no freio no ritmo de contratações. O empresário pensa assim: a economia esfriou, vou ficar mais cauteloso."

De acordo com Campelo, as empresas então "em compasso de espera", aguardando a retomada da economia no segundo semestre, quando as medidas de estímulo já adotadas pelo governo devem finalmente fazer efeito.

Por isso, explica, elas preferem não demitir, mesmo com a economia passando por um momento mais fraco. Ele lembra que, nos últimos anos, aumentou muito a formalização do mercado de trabalho e isso implica em custos maiores de demissão.

"Mas se o segundo trimestre for muito ruim e a gente não começar o segundo semestre com uma aceleração mais consistente da economia, aí pode começar a ter uma complicação maior em relação a desemprego", diz.

Devido à redução na geração de vagas, o economista da Quest Investimentos Fabio Ramos vê a possibilidade de uma leve alta na taxa de desemprego nos próximos meses. A taxa está hoje em 6%, menor patamar histórico.

"Uma elevação da taxa foge ao padrão dos últimos anos, mas não deve ocorrer nada alarmante", disse.



Veículo: Folha de S.Paulo


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