De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), a expectativa é de crescimento de 10% nas vendas gerais entre junho e julho, ante igual período do ano passado, só por causa das festas juninas. Já a comercialização de itens específicos, como milho de pipoca, canjica, amendoim, quentão, vinho e pinhão, deve superar de 20% a 30% o resultado dos mesmos meses em 2011. A procura por esses produtos sazonais também contribui para o aumento da circulação de pessoas nas lojas, o que acaba por estimular as compras.
No Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, as lojas das bandeiras Pão de Açúcar e Extra esperam elevação de 70% nas vendas em geral, motivadas pelos arraiais. No caso da paçoca e do pé de moleque, as vendas poderão crescer 12% sobre os resultados obtidos em 2011. As variedades de milho de pipoca devem crescer 5%. Já as vendas de cervejas e queijos devem crescer 70% e 15%, respectivamente.
No caso dos doces, as indústrias especializadas esperam aumento de consumo da ordem de 20% a 25% em todo o País e elevam sua produção para atender esta demanda. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), a produção atingiu 45,4 mil toneladas em 2011, volume 2% maior que o do ano anterior.
A Yoki Alimentos, por exemplo, lançou recentemente os sabores groselha e cobertura de chocolate para a pipoca de microondas, dentre um universo de 15 sabores diferentes. Outra novidade é o pó para sorvete de milho verde em embalagens de 150 gramas.
A Santa Helena Alimentos, indústria com duas unidades produtivas no interior paulista, também se preparou para atender a demanda para as festas juninas, que representa 28% de suas vendas. A expectativa é de aumento de 20% na comercialização dos itens fabricados à base de amendoim frente ao mesmo período do ano passado. Além dos doces tradicionais, ela oferece uma linha de snacks salgados, que também são consumidos nesta época do ano.
Segundo a Nielsen, empresa de pesquisas, as vendas de pipocas para microondas registraram aumento de 9,4% em valor real de dezembro de 2010 a novembro de 2011. Em quilos, a comercialização apresentou alta de 3,4% no mesmo período.
Tributos – A carga tributária dos itens mais consumidos durante as festividades de junho pode chegar a 61,56%, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Os produtos mais fortemente tributados são os fogos de artifícios e o quentão, seguidos do vinho, com 54,73% (veja tabela acima). Ou seja, quem faz a festa mesmo é o governo.
O preço do cachorro quente é o que tem a menor incidência de tributos, com 15,28%. Os impostos se escondem até nas fantasias usadas nas festas juninas. Do preço final da roupa, 36,41% são destinados aos cofres públicos.
Vestuário e festas – Na Rica Festa, vestidos e camisas caipiras podem ser adquiridos a preços que variam de R$ 135 a R$ 296 em dois endereços na capital.
As lojas da região da rua 25 de março também esperam desempenho positivo. A previsão da Univinco, entidade que congrega os lojistas da região, é de que haverá aumento de 12% nas vendas em junho contra igual mês de 2011.
A procura por itens juninos deverá crescer mais expressivamente a partir do dia 15. Por enquanto, a atenção está nos produtos voltados para as comemorações da Parada Gay, que acontece neste domingo.
Veículo: Diário do Comércio - SP