Renda gerada pelo agronegócio é um dos principais atrativos para o varejo
Não é somente o Nordeste do país que tem feito brilhar os olhos dos executivos do varejo farmacêutico. Por causa do agronegócio, a região Centro-Oeste tem conquistado grandes investimentos por parte destas empresas. A Raia Drogasil comprou recentemente cinco pontos de venda da rede Panda, do Mato Grosso, e deve concluir nos próximos meses a aquisição das redes goianienses Santa Marta e King, ambas em recuperação judicial. “Queremos fortalecer nossa presença no Centro-Oeste”, diz Eugenio de Zagottis, vice-presidente comercial da Raia Drogasil.
A empresa conta com um centro de distribuição em Goiânia e por ser o mais próximo da região Nordeste, outro foco de expansão da Raia Drogasil, será ele que, em um primeiro momento, abastecerá as unidades que serão abertas na Bahia. No segundo semestre, a varejista dará seu primeiro passo no Nordeste com a inauguração de “algumas unidades” no estado, sendo a capital Salvador o ponto de partida. Por lá a expansão será feita com a bandeira Drogasil. “É importante inaugurar uma quantidade considerável de lojas para fazer frente à concorrência. Mas isso não significa que abriremos todas as unidades no mesmo dia”, afirma Zagotis, sem dar mais detalhes da expansão.
A Brazil Pharma, rede de farmácias do BTG Pactual, também tem demonstrado interesse no Nordeste e Centro-Oeste. Em 2010, a companhia adquiriu a rede Rosário Distrital com forte atuação, prinicipalmente, em Brasília (DF). Álvaro da Silveira, fundador da rede e sócio da Brazil Pharma, afirma que cidades como Rio Verde, Jataí e Santa Helena, localizadas em Goiás, estão no foco de expansão da Rosário Distrital. “No Centro-Oeste o poder aquisitivo da população é alto por causa do agronegócio.
Já no Nordeste é o aumento do poder de compra das classes D e E que atrai as empresas”, afirma.Atualmente ele ocupa a presidência do conselho da Rosário Distrital e tem, entre outras funções, a missão de procurar novos pontos comerciais para expansão. “A Brazil Pharma impõe metas e tenho que cumprí-las”, diz. No ano passado, a Rosário Distrital faturou R$ 500 milhões. Este ano Silveira tem que elevar este montante em pelo menos 20%. Mas ele não reclama. Diz que a associaçãocom a Brazil Pharma eliminou vícios da empresa e tirou de suas costas o peso de cuidar de uma companhia sozinho. Até o final do ano, a Rosário Distrital somará 130 unidades.
Veículo: Brasil Econômico