Área de trigo no Mercosul deve recuar 7% em 2012/13

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A área de plantio de trigo nos países do Mercosul deverá somar 7,2 milhões de hectares na safra 2012/13, uma queda de 7% em relação ao ciclo anterior, segundo estimativas da consultoria Safras & Mercado. A retração é liderada por Argentina e Brasil. Paraguai e Uruguai devem manter a mesma superfície de cultivo.

A Argentina, o maior produtor do bloco e principal fornecedor do cereal para o Brasil, deverá plantar 10% menos do que em 2011/12, quando foram cultivados 4,6 milhões de hectares. Com isso, a produção do país deverá se resumir a 12,5 milhões de toneladas, ante 14 milhões na safra passada.

Na quinta-feira passada, o Ministério da Agricultura da Argentina reduziu sua estimativa para o plantio em 2012/13 a 3,8 milhões de hectares, 200 mil a menos do que o projetado em maio e 17,5% abaixo de 2011/12. O cultivo está no início e as condições de solo são favoráveis depois das chuvas. Porém, o plantio foi desestimulado pela queda nos preços domésticos diante das restrições impostas pelo governo sobre as exportações.

Conforme a Safras & Mercado, o Uruguai deverá permanecer com as mesmas áreas e produção - 600 mil hectares e 1,8 milhão de toneladas, respectivamente - assim como o Paraguai, que tende a repetir o cultivo de 350 mil hectares e a colheita de 1,1 milhão de toneladas de trigo.

No Brasil, a consultoria prevê que o cultivo recuará de 2,23 milhões para 2,15 milhões de hectares e a produção, de 5,7 milhões para 5,3 milhões de toneladas. Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam números diferentes, mas com o mesmo viés. Para a instituição, a produção nacional do cereal cairá de 5,7 milhões de toneladas, em 2011/12, para 5,1 milhões em 2012/13. Na comparação, as exportações, normalmente compostas por produto de menor qualidade, deverão crescer de 1,7 milhão para 1,8 milhão de toneladas. Com isso, a Conab projeta as importações em 6,5 milhões de toneladas, ante 5,9 milhões em 2011/12.

Por causa do quadro de oferta apertada no Mercosul, afirma o especialista da Safras, Michael Prudêncio Favero, é possível que o Brasil, um dos maiores importadores mundiais do cereal, tenha que trazer mais trigo de fora do bloco.



Veículo: Valor Econômico


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