Mais chinesas trabalham fora e compram congelados

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As vendas de "guioza" (bolinhos de carne, frutos do mar e verduras) congelados estão aumentando rapidamente na China. A elevação dos custos de mão de obra e a presença maior de mulheres no mercado de trabalho estão fazendo com que o quitute deixe de ser feito manualmente tanto nos restaurantes quanto nas residências.

A americana General Mills é a principal fabricante de guioza congelado na China e sua popular marca Ferry Wanchai domina 44% do mercado. Gary Chu, que comanda as operações da General Mills na China, disse que as vendas de bolinhos estão crescendo a taxas de dois dígitos ao ano e passaram de US$ 200 milhões no ano passado. "As pessoas costumavam fazer os bolinhos em casa, mas agora ninguém tem mais tempo", disse Chu. "Hoje, as mulheres não querem mais cozinhar".

Chu disse que as lanchonetes e restaurantes que servem os bolinhos também estão usando cada vez mais os congelados, devido à elevação dos salários mínimos em toda a China. No ano passado, as províncias chinesas elevaram os salários mínimos em mais de 20%. "A mão de obra está muito cara", disse Chu. "A China já não é mais barata e as pessoas não conseguem diferenciar entre congelados e frescos."

A Wanchai Ferry, adquirida pela General Mills em 1997, ampliou sua linha de congelados. Segundo a consultoria BrandZ, 28% dos chineses nas 10 principais cidades preferiam os bolinhos da marca Wanchai Ferry em 2010.

Chu disse que, apesar disso, a empresa está enfrentando forte concorrência de marcas locais. Entrementes, segundo ele, o governo foi ficando mais rigoroso no controle das atividades de companhias estrangeiras, especialmente devido a preocupações com a saúde pública. No ano passado, bolinhos congelados Wanchai Ferry foram retirados de supermercados em Nanquim por autoridades sanitárias que encontraram bactérias no produto. "A vantagem das marcas estrangeiras estão sumindo", disse Chu. "O país está ficando cada vez mais competitivo."

A General Mills gerou US$ 550 milhões em vendas líquidas na China em 2011 e estima que alcançará US$ 900 milhões até 2015. Chu disse que sinais de uma desaceleração na economia chinesa são uma preocupação real, mas que o sistema de partido único no país permitiu ao governo reagir rapidamente. "A China não será como a Europa", afirmou.

 

As vendas de "guioza" (bolinhos de carne, frutos do mar e verduras) congelados estão aumentando rapidamente na China. A elevação dos custos de mão de obra e a presença maior de mulheres no mercado de trabalho estão fazendo com que o quitute deixe de ser feito manualmente tanto nos restaurantes quanto nas residências.

A americana General Mills é a principal fabricante de guioza congelado na China e sua popular marca Ferry Wanchai domina 44% do mercado. Gary Chu, que comanda as operações da General Mills na China, disse que as vendas de bolinhos estão crescendo a taxas de dois dígitos ao ano e passaram de US$ 200 milhões no ano passado. "As pessoas costumavam fazer os bolinhos em casa, mas agora ninguém tem mais tempo", disse Chu. "Hoje, as mulheres não querem mais cozinhar".

Chu disse que as lanchonetes e restaurantes que servem os bolinhos também estão usando cada vez mais os congelados, devido à elevação dos salários mínimos em toda a China. No ano passado, as províncias chinesas elevaram os salários mínimos em mais de 20%. "A mão de obra está muito cara", disse Chu. "A China já não é mais barata e as pessoas não conseguem diferenciar entre congelados e frescos."

A Wanchai Ferry, adquirida pela General Mills em 1997, ampliou sua linha de congelados. Segundo a consultoria BrandZ, 28% dos chineses nas 10 principais cidades preferiam os bolinhos da marca Wanchai Ferry em 2010.

Chu disse que, apesar disso, a empresa está enfrentando forte concorrência de marcas locais. Entrementes, segundo ele, o governo foi ficando mais rigoroso no controle das atividades de companhias estrangeiras, especialmente devido a preocupações com a saúde pública. No ano passado, bolinhos congelados Wanchai Ferry foram retirados de supermercados em Nanquim por autoridades sanitárias que encontraram bactérias no produto. "A vantagem das marcas estrangeiras estão sumindo", disse Chu. "O país está ficando cada vez mais competitivo."

A General Mills gerou US$ 550 milhões em vendas líquidas na China em 2011 e estima que alcançará US$ 900 milhões até 2015. Chu disse que sinais de uma desaceleração na economia chinesa são uma preocupação real, mas que o sistema de partido único no país permitiu ao governo reagir rapidamente. "A China não será como a Europa", afirmou.

 

Veículo: Valor  Econômico


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