Datas ligadas às mulheres impulsionam os negócios em BH.
As floriculturas de Belo Horizonte comemoram as vendas deste ano, principalmente se for levado em consideração que fazem parte de um mercado que oscila muito. Tanto as flores quanto as plantas ornamentais têm tido boa saída. Datas especiais ligadas às mulheres, como Dia das Mães, Dia Internacional da Mulher e Dia dos Namorados, impulsionam as vendas de flores. Já a comercialização de plantas ornamentais é puxada pelos projetos de jardinagem em execução nos mais diversos empreendimentos imobiliários que estão sendo entregues este ano.
A Floricultura Verde Essencial, instalada no bairro São Luiz, na região da Pampulha, já está há 18 anos no mercado. A empresa sempre teve uma atuação forte na área de plantas ornamentais, mas também mantinha a comercialização de flores. Porém, a forte demanda por projetos de jardinagem fez com que a floricultura focasse os trabalhos nesse mercado, deixando as flores de lado.
O sócio-proprietário da Verde Essencial, Leonardo Ribeiro de Mello, explica que as construtoras estão investindo em projetos de paisagismo que incluem as mais diversas plantas ornamentais. "Com isso, a demanda aumenta muito", diz. A floricultura atua em Belo Horizonte e em toda a região metropolitana. As cidades que estão com demanda mais aquecida, segundo ele, são Lagoa Santa e Nova Lima.
Na floricultura Lord Flores, no bairro Serrano, na Pampulha, a venda de flores está em crescimento. No Dia das Mães, os negócios aumentaram cerca de 30% em relação a mesma data de 2011. A loja, que realiza 90% do comércio pela internet, começou a receber as encomendas para o Dia das Mães ainda no mês de abril. De acordo com o proprietário, Edilson Tavares, a empresa oferta cerca de 100 produtos diferentes.
Datas favoráveis - Tavares afirma que as melhores épocas para o comércio de flores são as que têm relação com as mulheres, como o Dia Internacional da Mulher, Dia das Mães, o Dia dos Namorados e o Dia da Secretária. "Essas são as datas nas quais as floriculturas mais lucram. O Dia dos Pais, por exemplo, não é tão lucrativo", avalia. O tíquete médio dos presentes de Dia das Mães deste ano ficou em torno de R$ 70.
Mesmo em crescimento, a floricultura tem que se reinventar para se manter no mercado. Um dos motivos é a concorrência das grandes redes supermercadistas que, hoje em dia, também vendem grandes quantidades de flores em suas lojas. Tavares afirma que a concorrência é desleal, já que os supermercados praticam, muitas vezes, preços melhores. " preciso ter um diferencial em relação a eles", observa.
Uma data anteriormente muito comemorada pelas floriculturas, o Dia de Finados, não é mais certeza de lucro certo para as floriculturas da Capital. "Nas portas dos cemitérios sempre tem grandes carros e caminhões vendendo flores e as floriculturas não tiram mais proveito desta data", afirma Tavares.
A gerente da Ikebana Flores, instalada no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, Rhayssa Tonetti, concorda que o mercado de flores está aquecido este ano. Ela acredita que arranjos e buquês personalizados sejam um diferencial que as floriculturas têm que ter para manter a competitividade frente às grandes redes supermercadistas. "Os clientes comentam que nas nossas concorrentes não tem um atendimento como o nosso", destaca.
As datas ligadas às mulheres também são as melhores para os negócios da Ikebana Flores. No Dia das Mães deste ano a empresa aumentou em 50% o número de pedidos em relação aos demais meses do ano. As encomendas são feitas, principalmente, pelo site, que responde por cerca de 20% dos negócios. Os buquês e as cestas de café da manhã são os itens mais procurados e, em média, o consumidor gastou R$ 100 com o presente.
Veículo: Diário do Comércio - MG