Desembaraços crescem 13,6% em MG

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Portos-secos instalados no Estado registraram importações de US$ 3,140 bilhões de janeiro a julho.



Os desembaraços nos portos-secos do Estado voltaram a crescer e registraram alta de 13,6% na comparação da primeira metade deste ano contra o mesmo período de 2011. Nesta comparação, as importações por meio das aduanas estaduais somaram US$ 3,140 bilhões sobre US$ 2,763 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pela Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil (RFB) em Minas Gerais.

As atividades na aduana de Juiz de Fora (Zona da Mata) continuam aquecidas. O porto-seco desembaraçou US$ 180,9 milhões em mercadorias de janeiro a junho, 123,3% a mais que as importações no mesmo período de 2011 (US$ 81 milhões). O movimento na zona aduaneira representou 5,7% do total do Estado.

O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Minas Gerais (Sdamg), Frederico Pace Drumond, explica que 90% dos desembaraços na aduana de Juiz de Fora são resultado do movimento de importação de mercadorias e peças destinados a projetos da ArcelorMittal Brasil S/A, subsidiária do grupo ArcelorMittal, do grupo Gerdau, da Cimentos Tupi, e da Mercedes-Benz do Brasil.

O Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), movimentou a metade (50,6%) do total das importações feitas através das aduanas estaduais no primeiro semestre. No período, os desembaraços somaram US$ 1,591 bilhão, 46,5% mais que em igual intervalo de 2011 (US$ 1,086 bilhão).

Em Betim, também na RMBH, o porto-seco Granbel, controlado pela Usifast e um dos mais importantes do Estado, teve participação de 23,7% nas importações das aduanas estaduais na primeira metade do ano. No entanto, foi registrada uma queda de 27,9% em relação ao mesmos meses de 2011. Nesta compração, foram US$ 745,5 milhões sobre US$ 1,034 bilhão.

A retração em Betim, esclarece Drumond, é resultado do movimento na aduana ser "pulverizado" entre diversas empresas, ao contrário de portos-secos como o de Juiz de Fora (Zona da Mata) e Uberlândia (Triângulo Mineiro), que refletem o movimento pontual de poucas empresas.

A aduana de Varginha (Sul de Minas) desembaraçou US$ 338,5 milhões nos seis primeiros meses deste ano. No confronto com os desembarques do mesmo período de 2011 (US$ 285,7 milhões), houve evolução de 18,5%. O porto-seco teve participação de 10,7% do total no Estado.

As importações por meio da aduana de Uberaba (Triângulo Mineiro) aumentaram 53,5% entre janeiro e junho em relação ao mesmo período de 2011. Neste confronto, foram US$ 241,6 milhões ante US$ 157,3 milhões. Em relação ao total estadual, a participação foi de 7,7%.

O terminal de Uberlândia registrou o pior desempenho entre as aduanas estaduais no primeiro semestre. No período, o porto-seco desembaraçou US$ 41,7 milhões sobre US$ 118,1 milhões em idêntico intervalo de 2011, queda de 64,6%. A zona aduaneira teve participação de apenas 1,3% do total de Minas.

Falta de fiscais - O presidente do Sdamg voltou a criticar a carência de fiscais nas aduanas estaduais. "Isso acaba aumentando o tempo e o custo do desembaraço. Nos portos-secos de Betim e Confins, por exemplo, houve uma redução próxima de 10% no número de agentes do Fisco", explica.

As exportações por meio das aduanas estaduais também creceram. No primeiro semestre, os embarques somaram US$ 598,9 milhões, 25,7% de elevação frente ao volume registrado nos dos mesmos meses de 2011 (US$ 476,4 milhões). O terminal de Confins, onde as vendas externas somaram US$ 196,2 milhões, respondeu por 32,7% do total. Em seguida, os embarques por meio da aduana de Varginha somaram US$ 119 milhões, o que corresponde a uma fatia de 19,8%.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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