Avon e Souza Cruz estão na lista das empresas que enfrentam dificuldades no transporte
O prazo de entrega tem sido uma das maiores dificuldades das empresas quando o assunto é relacionamento com fornecedor, segundo pesquisa realizada Instituto Brasileiro de Supply Chain (Inbrasc). A entidade ouviu 457 empresas dos segmentos de indústria, comércio e serviços e chegou a conclusão que os temas transporte e a infraestrutura logística do país estão entre os pontos que mais influenciam no atraso das entregas dos produtos.
No entanto, apesar dos problemas relacionados a portos, aeroportos e estradas apresentados pelo país, além da alta demanda por transportadoras verificadas nos últimos tempos, as companhias também têm sua parcela de culpa.
A Avon, por exemplo, durante muitos anos foi bastante admirada por sua capacidade de ser mais que uma empresa de cosméticos. Ela ganhou força especializando-se em distribuição e passou a levar aos mais de cinco mil municípios brasileiros até mesmo objetos que nada tinham a ver com seu core business. Assim, além dos seus tradicionais cremes e batons, ela se transformou em uma das maiores vendedoras de livros entre as companhias que trabalham com o sistema de venda direta.
Junto com os sapatos, outro segmento sem ligação com cosméticos, eles representam cerca de 35% das vendas da companhia no Brasil, segundo um executivo próximo a empresa. Mas a Avon deu suas derrapadas. Em 2010, a empresa inaugurou um centro de distribuição no interior de São Paulo na tentativa de entregar seus produtos com maior agilidade.
No entanto, durante a implantação do sistema para gerir o novo depósito, a companhia enfrentou problemas os quais ocasionaram atrasos de semanas na entrega dos pedidos das consultoras. As consequencias respingam até hoje. No primeitro trimestre de 2012, as vendas da operação brasileira caíram 4% na comparação com mesmo período do ano passado. “É um grande desafio entregar muitos pedidos com poucos itens”, afirma Henrique Gasperoni, diretor de Marketing do Inbrasc.
Para fazer os produtos chegarem ao destino no prazo certo vale até lançar mão de parcerias improváveis como a união de uma fabricante de cigarro com uma operadora de celular. “Em alguns casos os produtos da Souza Cruz são transportados junto com chips da Vivo”, afirma um executivo do mercado. Segundo Gasperoni, estes casos são bastante comuns. “Só não é aconselhável dividir o transporte com um concorrente
Veículo: Brasil Econômico