Nova York vai restringir as vendas de refrigerantes adoçados com açúcar a não mais do que 16 onças (473,6 ml) por copo nos restaurantes, cinemas, estádios e ginásios esportivos, após o Conselho de Saúde ter aprovado o plano do prefeito Michael Bloomberg.
A aprovação, por 9 votos a 0, pelos membros do grupo, designados pelo prefeito e confirmados pela Câmara Municipal, rejeitou argumentos da Coca-Cola, da PepsiCo e de redes de restaurantes que defendem que a questão diz respeito à liberdade de escolha do consumidor.
A restrição representa a última das várias iniciativas de Bloomberg na área da nutrição nos últimos nove anos, entre as quais a exigência de que os restaurantes exibam o teor calórico dos alimentos nos cardápios. O Conselho de Saúde e a Câmara Municipal proibiram o uso das gorduras trans pelos restaurantes e como componentes de pratos prontos e o prefeito proibiu a comercialização de refrigerantes adoçados com açúcar pelas máquinas de vendas instaladas nas escolas e nas repartições públicas municipais.
"A obesidade é um dos problemas mais letais dos Estados Unidos, e as bebidas adoçadas com açúcar são uma de suas principais causas", disse Bloomberg no dia 4. "A adoção de porções moderadas não impedirá ninguém de comprar ou beber a quantidade de refrigerante que quiser, mas ajudará as pessoas a se absterem de ingerir inadvertidamente calorias inúteis."
Restaurantes, salas de cinema e outros estabelecimentos têm seis meses para cumprir a norma. Caso contrário enfrentarão uma multa de US$ 200 a cada infração.
A proibição é "marginalmente ruim" para a Coca-Cola e a PepsiCo, disse Thomas Mullarkey, analista da Morningstar, antes da votação. "Mas acho que não é suficientemente ruim para alterar as cotações das ações [dessas empresas]."
Veículo: Valor Econômico