Com a proximidade do Dia da Criança, comemorado no dia 12 do próximo mês, o varejo já espera o aumento das vendas em artigos infantis, como brinquedos, jogos e eletrônicos. Lojas como a Armarinhos Fernando, PBKIDS e Etna já prepararam seus estoques e contam com listas de sugestões de presentes para diferentes faixas etárias, com itens que valorizam não só o entretenimento, mas também a educação e o aprendizado.
O Dia da Criança é considerado pelos lojistas um termômetro para o Natal e os presentes podem apresentar grande variação de preço entre as lojas. Ana Claudia Costa, diretora-executiva do Popai Brasil, associação internacional voltada para a valorização da comunicação no ponto de venda, aponta que existem duas situações que devem ser exploradas na ocasião: a compra realizada pelos pais e a compra em que a criança está presente no processo.
"A compra realizada sem a presença da criança é mais racional e os pais têm um tempo maior para buscar argumentos caso seja necessário minimizar a frustração da criança. Na compra conjunta, isso não acontece. A criança vivencia o processo e é mais difícil de controlar o desejo e emoção", comenta a executiva.
Pela análise da associação, o ponto de venda deve ter clara a necessidade de trabalhar com esses dois consumidores, pais e filhos. Pensando desta forma, a sedução deve acontecer nas duas pontas. Enquanto o lúdico encanta e envolve a criança, a ação comercial viabiliza a compra junto aos pais.
"Investir em um espaço lúdico e preparar a loja com brincadeiras e experimentação para criança é fundamental, assim como oferecer aos pais uma condição de pagamento ou de desconto compatível e atrativa", explica Ana Claudia Costa.
Eletrônicos
"Hoje, os eletrônicos lideram as vendas de Dia da Criança. A geração Z consome muita tecnologia. Se antes as meninas se contentavam com uma boneca e o menino com um carrinho, hoje, os tablets, videogames e celulares ganharam a preferência. Esse tipo de presente permite a experimentação conjunta e o envolvimento de pais e filhos em uma mesma ação", esclarece Ana.
A executiva ainda acredita que um ponto que pode ser bem explorado é a relação do brinquedo com a família, quando o presente proporciona um momento de lazer em conjunto. "Essa possibilidade de entretenimento e diversão com toda a família oferece um peso maior na decisão de compra do produto. No subconsciente, todo mundo volta a ser criança e a família toda participa", analisa. Segundo o Popai, ações que ressaltam esta natureza dos produtos voltados às crianças levam a um incremento mínimo de 15% nas vendas.
Veículo: DCI