Os brinquedos, como o esperado, são os que devem ter o melhor desempenho
O Dia das Crianças, em 12 de outubro, não é propriamente a data de maior venda do comércio, mas costuma render bons negócios. E este ano não deve ser diferente, apesar de um certo desânimo do mercado diante da permanente instabilidade da economia internacional e da queda de produção industrial. Segundo pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), entre os dias 10 e 19 de setembro junto a 206 empresários, apesar deste cenário, somente 26,67% acreditam em queda nas vendas nessa data, em relação ao ano passado.
"O momento é de um otimismo moderado", avalia o presidente da CDL-BH, Bruno Falci. Em sua opinião, apesar da avalanche de informações econômicas nos últimos tempos, entre crise internacional e medidas para segurar a economia nacional, "o país está caminhando". A pesquisa mostrou que 38,1% dos entrevistados esperam vendas melhores e outros 35,24% em vendas iguais.
O tíquete médio esperado por uma ligeira maioria (24,27%) dos entrevistados é de no máximo R$ 75,00. Outros 21,36% dos lojistas esperam cupons com valores ainda menores, entre R$ 30,01 e R$ 50,00. E mais alguns (21,36%) acreditam em vendas entre R$ 100,01 e R$ 150,00; enquanto 10,68%, esperam compras de até R$ 30,00. Na avaliação de Falci, o valor, não muito alto, é reflexo da chegada das classes D e E ao mercado de consumo.
Somente 9,71% dos entrevistados esperam vendas com tíquete entre R$ 75,01 e R$ 100,00. Outros 7,77% estão mais otimistas, com expectativa de valores superiores a R$ 400,00, seguidos por 1,94%, que acreditam em vendas entre R$ 200,01 e R$ 300,00 e outros 1,94%, com cupom entre R$ 300,00 e R$ 400,00. Para 0,97% o tíquete médio deve variar entre R$ 150,01 e R$ 200,00.
Parcelas - "O ideal seria priorizar pagamentos à vista, evitando o endividamento e a inadimplência", recomenda Falci. No entanto, para a grande maioria dos lojistas (70,19%), os consumidores devem escolher pagamento em parcelas, via cartão de crédito. Somente 20,19% acreditam que as compras sejam feitas com o cartão de crédito, mas com pagamento à vista. Uma minoria, de 3,85%, prevê pagamento em crediário ou carnê; 2,88% em dinheiro; 1,92% em cartão de débito e 0,96% com cheque pré-datado.
Entre os produtos, os brinquedos, como o esperado, são os que devem ter o melhor desempenho, na opinião de 40,86% dos entrevistados. No entanto, para 39,7 % devem ser roupas; para outros 9,68%, serão calçados, enquanto 6,45% apostam em boas vendas de jogos eletrônicos. Uma pequena parcela, 2,15% acreditam em bom desempenho de celulares, enquanto apenas 1,08% confiam na venda de livros.
Veículo: Diário do Comércio - MG