Renar deve reduzir em 36% seus pomares

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A Renar Maçãs, sediada em Fraiburgo (SC), anunciou que vai reduzir em 36% seus pomares próprios, que no total hoje produzem 17 mil toneladas de frutas, e ficar apenas com 835 hectares para a safra 2012/13, cujas colheitas vão de janeiro a março para a variedade gala e de março a maio para a fuji. A meta da empresa é aumentar a comercialização das colheitas de terceiros, de 5% da safra 2011/12 para 20% na temporada 2012/13.

 

Com a estratégia, a Renar pretende reduzir em R$ 9 milhões sua necessidade de capital de giro para produção de pomares do próximo ciclo e em R$ 4,4 milhões as despesas com plantios pouco produtivos. "São medidas que vão reforçar a estrutura de caixa da empresa", acredita o diretor financeiro Henrique Roloff.

 

Desde o ano passado, a companhia tenta emplacar diversos projetos de reestruturação para reverter seus resultados negativos. Um deles foi deixar a exportação para concentrar a comercialização no mercado doméstico.

 

No segundo trimestre, a companhia fechou com prejuízo líquido (atribuível aos sócios da empresa controladora) de R$ 5,8 milhões, comparados à perda de R$ 6,8 milhões no mesmo período de 2011. A receita líquida da empresa alcançou R$ 11,9 milhões no segundo trimestre, recuo de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi provocado pela diminuição do volume de frutas vendidas, de 18,6 mil toneladas para 13,1 mil toneladas.

 

No período, o resultado financeiro negativo foi de R$ 4,02 milhões, ante os R$ 2,81 milhões do segundo trimestre do ano passado. A dívida líquida alcançou R$ 90,2 milhões no segundo trimestre. Ao fim de 2011, esse valor era de R$ 85,7 milhões.

 

Na semana passada, a neve e a geada afetaram algumas cidades de Santa Catarina - incomum para esta época do ano - e podem prejudicar a safra 2012/13. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), ainda é prematuro calcular os estragos que deixaram os pomares com frutos queimados.

 

O revés do clima só reforça as preocupações dos produtores catarinenses que passam por dificuldades em decorrência de um endividamento que chega a R$ 600 milhões, conforme avaliação do presidente da associação, Pierre Nicolás Péres. O país colheu na safra 2011/12, aproximadamente 1,4 milhão de toneladas de maçã - 70% dela originária de Santa Catarina.

 


Veículo: Valor Econômico


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