Em 2013, subsidiária brasileira se aproximará da Espanha ao passar dos R$ 2 bilhões em faturamento A operação brasileira da gigante de alimentos Danone entrará para o rol das três maiores em faturamento da multinacional sediada na França dentro de dois anos.

A expectativa de alcançar essa posição de destaque nos negócios do grupo deve-se ao crescimento entre 12% e 15% nas vendas que a subsidiária tem obtido nos últimos anos no mercado brasileiro, onde chegará à casa dos R$ 2 bilhões de receita anual em 2013.

Além de integrar o time formado por seis países que encabeçam a estratégia de expansão da companhia mundialmente, o Brasil tem a seu favor a crise europeia que tem afetado os negócios da empresa na Espanha, país que ocupa hoje a 3ª colocação dentro do grupo. Atualmente, os dois maiores mercados da Danone são Estados Unidos e França.

 “O crescimento na Europa está mais devagar e a estratégia da empresa tem sido compensar as vendas com investimentos nos países emergentes”, afirmou ao BRASIL ECONÔMICO Mariano Lozano, presidente da Danone Brasil, ao comentar que o país está ao lado de México, Indonésia, China, Rússia e Estados Unidos, que são atualmente os mercados prioritários para a multinacional e que respondem hoje a60%do crescimento global do grupo.

Novidades no portfólio

Para manter as vendas em alta no Brasil, a Danone investirá mais R$ 100 milhões no próximo ano para expandir sua capacidade de produção no país, seja na expansão dos itens atuais como em novidades para reforçar seu portfólio. Amesma verba foi inserida em suas unidades neste ano e inclui o relançamento de sua primeira linha de iogurtes, agora apresentado como “O Verdadeiro Danone” e que estarão nas prateleiras de todo o país já nesta semana.

As iniciativas deste ano também incluiram a introdução da embalagem PET de 1,350 litro no segmento, que chegou ao mercado no mês passado com investimento de R$ 50 milhões na fábrica de Poços de Caldas- MG. “Temos que trabalhar para ter produtos mais acessíveis a todas as classes brasileiras”, disse Lozano.

Segundo a empresa, o consumo per capita no país é de 6,5 quilos ao ano, nível considerado muito baixo quando comparado a outros países. “Nossos vizinhos argentinos consomem quase o triplo de iogurtes que os brasileiros e isso mostra o potencial de crescimento que temos no Brasil”, compara o executivo da Danone, para quem o consumo per capita no país chegará a 10 quilos ao no até 2016. Hoje, omercado brasileiro de iogurtes movimenta cerca de R$ 5 milhões e a Danone afirma terumaparticipação em valor de 38%.

Produtos em destaque

Mesmo considerando o relançamento da linha Danone como a principal iniciativa no país nesse ano, a empresa não terá uma grande ação publicitária para divulgar os itens. A estratégia da empresa é centralizar as ações nos pontos de venda, como adotar prateleiras mais modernas para chamar a atenção dos consumidores para seus produtos. “Pesquisas mostram que apenas 29% das pessoas que vão ao supermercado passam pela parte de laticínios e só 9% delas compram iogurte. Nosso trabalho tem que estar focado nesse público”, comenta Lozano. Segundo ele, a empresa investe10%de sua receitaemcomunicação e mídia, o que envolverá uma verba de R$ 200 milhões para o próximo ano.


Veículo: Brasil Econômico