A chegada do final do ano movimenta o comércio e pode representar a oportunidade de obter um emprego. O aumento das vendas e da procura por prestação de serviços deve levar 99% das empresas consultadas pela Fecomércio a contratar mão de obra temporária neste período. O levantamento foi divulgado ontem e mostra que 50% desses trabalhadores possuem chance de efetivação após o final do seu contrato. Em relação ao ano passado, as contratações e possibilidade de efetivação são ligeiramente superiores.
“Podemos deduzir que, embora o crescimento do PIB não seja tão grande neste ano, ainda há a perspectiva de manutenção do emprego. Se, daqui para frente, tivermos um crescimento mais virtuoso da economia, a oferta deverá crescer”, avalia o vice-presidente da Fecomércio Luiz Carlos Bohn.
Dessas empresas, 81,2% ainda não haviam iniciado as contratações na época da realização da pesquisa, no início de outubro. A seleção deve ser intensificada em novembro e se estender até dezembro. A maior parcela (70,8%) das que já iniciaram o processo contratou até três novos funcionários. Considerando também as empresas que ainda não o fizeram, o número médio de temporários deverá ser de 4,6 por empresa. Em relação aos profissionais permanentes das companhias, os números representam um incremento de 22,7% na sua força de trabalho nesses últimos meses do ano.
Somente no BarraShoppingSul, devem ocorrer 400 contratações temporárias, o equivalente a 10% do universo de empregos do shopping. As vagas abertas são divulgadas no site www.barrashoppingsul.com.br, na seção Trabalhe Conosco.
A boa notícia para quem procura uma nova ocupação é de que um em cada dois contratados deve ser efetivado. Para isso, o desempenho apresentado pelo temporário será determinante, avalia a Fecomércio. Entretanto, para a seleção, 70,1% das instituições consultadas exigem algum grau de instrução, sendo que 78% requisitará Ensino Médio completo. Nesse sentido, Bohn concorda que a baixa qualificação do mercado de trabalho brasileiro pode ser um empecilho no momento da admissão. “Essa é uma das dificuldades. Também podemos verificar que não pesaram tanto a idade e a experiência, mas, sim, a instrução e a boa aparência. São pessoas bem-formadas, que serão preparadas pelas próprias empresas para ocupar a vaga”, afirma. O gênero feminino é solicitado por 81,2% dos contratantes.
Os contratados serão alocados em vendas e comercial (87,9%), caixa e crediário (31,3%), estoque e depósito (28,4%), operacional e técnico-administrativo (15%), serviços gerais (11,8%) e segurança (11,1%). A pesquisa deste ano efetuou 384 entrevistas nas principais cidades do Interior do Estado. Foram consultadas, principalmente, lojas de confecção (37,5%), móveis e eletrodomésticos (13,3%), calçados (11,5%) e supermercados (5,2%).
Veículo: Jornal do Comércio - RS