Apesar de estar entre os três maiores do mundo, o mercado brasileiro de cosméticos ainda precisa passar por ajustes na distribuição de seus produtos no varejo. Consumidoras e profissionais de beleza têm dificuldade em encontrar cremes faciais importados, hidratantes corporais e produtos de tratamento para o cabelo nas prateleiras. É o que mostra uma pesquisa feita pelo Pesquise Já para o Popai Brasil - associação que estuda o comportamento do comprador e reúne indústria, varejo, agências de comunicação e fornecedores de materiais para ponto de venda.
De acordo com o estudo, 36% das entrevistadas não encontram com facilidade cremes corporais, 30% reclamam da falta de produtos de tratamento para o cabelo nas prateleiras e 26% sentem falta de produtos faciais importados. Para Romano Pansera, presidente do Popai Brasil, essa situação está relacionada à política comercial das fabricantes, que muitas vezes não contemplam os novos canais.
Os pontos de venda especializados em cosméticos são os preferidos pelas consumidoras: 46% das entrevistadas compram nessas lojas, que incluem as perfumarias, 26% compram em farmácias de manipulação e 28% em drogarias. "As empresas vão ampliar muito as vendas para esses novos canais nos próximos dois anos", diz Pansera.
Setenta por cento das consumidoras compram cosméticos pelo menos uma vez por semana, de acordo com a pesquisa, feita com 1.034 mulheres em setembro, na Beauty Fair - Feira Internacional de Beleza Profissional, em São Paulo. Das entrevistadas, 32% compra semanalmente; 29%, duas vezes por semana; e 9%, mais de duas vezes por semana. Cerca de 30% afirmaram comprar quinzenalmente.
O estudo revelou que 43% das entrevistadas gastam entre R$ 100 e R$ 200 por mês em cosméticos. As consumidoras com gastos até R$ 100 correspondem a 32%, e aquelas que gastam entre R$ 200 e R$ 300 representam 17% das entrevistadas. Apenas 8% gastam acima de R$ 300,00 por mês.
Os produtos para cabelo, como xampus, condicionadores, máscaras capilares, entre outros, são os grandes propulsores deste mercado. De acordo com a pesquisa, o cuidado com os cabelos aparece como prioridade de compra em todas as faixas de gasto mensal, seguido pelo investimento em produtos para o cuidado com as unhas.
Veículo: Valor Econômico