Valor varia de R$ 195,22 a R$ 362,67.
As compras nos supermercados mineiros ficaram até 11% mais caras em abril de 2012 na comparação com o mesmo período do ano passado. Isso é o que demonstra pesquisa divulgada ontem pela Associação de Consumidores Proteste. Conforme o estudo, o preço da Cesta 2, que inclui 90 produtos mais baratos, sem preferência de marca, subiu 11%, acima, portanto, da inflação do período. Já a Cesta 1, que inclui 104 produtos de marcas líderes, aumentou 8%.
A variação positiva observada no Estado para a Cesta 2 é a mesma de São Paulo e menor na comparação com o Espírito Santo, onde foi registrada a maior expansão do país, de 12%. Por ela, o consumidor mineiro desembolsou um valor mínimo de R$ 195,22 e um valor máximo de R$ 278,78, o que varia conforme o estabelecimento. Já para adquirir a Cesta 1, o mineiro arcou com valor mínimo de R$ 283,18 e máximo de R$ 362,67.
Os resultados divulgados ontem demonstram uma inversão quando comparados aos dados colhidos no ano passado. Isso porque em 2011 frente a 2010 foi observada deflação da ordem de 1% para a aquisição da Cesta 2. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Michelle Marques, em função da concorrência cada vez maior, alguns supermercados se esforçam para oferecer preços mais vantajosos aos seus clientes. Porém, alguns produtos, como os hortifrutigranjeiros, estão sujeitos a influências sazonais, o que faz com que sejam registradas oscilações expressivas, inesperadas e específicas nos preços praticados em cada Estado.
A maior variação de preços observada na Capital foi a da farinha de mandioca da marca Yoki, alta de 170%. O produto foi encontrado por R$ 1,55 em um estabelecimento e chegou a custar até R$ 4,18. O estudo revelou que estabelecimentos localizados bem próximos um ao outro podem cobrar preços bem diferentes pelo mesmo item. Por exemplo, o Supermercado BH da avenida Portugal (região da Pampulha) cobra, pela farinha, 18% menos em relação ao Super Nosso, situado na mesma avenida.
Previsão - Para os próximos meses, Michelle Marques acredita que, embora a tendência seja de movimento crescente nos supermercados em função das festas de fim de ano, isso não deve gerar, necessariamente, um aumento dos preços. Isso porque, para atrair mais clientes e sair na frente da concorrência, os estabelecimentos costumam recorrer cada vez mais às promoções.
O instituto pesquisou, no total, 1.196 estabelecimentos, distribuídos por 20 cidades, em 14 estados. A pesquisa abrange, além de Minas Gerais, os estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) as unidades federativas respondem por 90% do faturamento do setor.
Veículo: Diário do Comércio - MG