Data dá fôlego ao varejo no último trimestre e abre oportunidades para jovens que procuram o primeiro emprego .
O Natal deste ano promete ser um sucesso de vendas em Belo Horizonte e também uma excelente oportunidade para jovens em busca do primeiro emprego. o que aponta a Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista - Contratação de Temporários 2012, realizada pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas). O estudo indica que 60,6% dos lojistas devem promover contratações temporárias. E, destes, 30,5% devem aumentar o número de funcionários em relação a 2011. A preferência é para pessoas com capacitação ou com alguma escolaridade, mas com experiência.
Segundo informou o economista da Fecomércio Gabriel Andrade Ivo, o clima é de "otimismo realista" entre os comerciantes de Belo Horizonte, tendo em vista os estímulos ao consumo promovidos pelo governo federal e bons índices de emprego e renda. Pesquisa realizada em setembro mostrou que 88,7% deles projetam vendas melhores neste ano, em relação ao Natal de 2011. Destes, 43,5% esperam crescimento entre 10% e 20% e outros 31,9% acreditam em aumento entre 20% e 30%. Para dar conta do aquecimento esperado, os lojistas já iniciaram as contratações temporárias, com perspectiva de efetivações.
Dos lojistas pesquisados, a maior parte, 60,6%, espera contratar funcionários por tempo determinado. Destes, a maioria (53,6%) mostra-se mais cautelosa, com perspectiva de manutenção do mesmo número de temporários. Outros (30,5%) informaram que o número de contratações vai aumentar, enquanto 15,9% disseram que vai diminuir. "São de setores que, geralmente, não apresentam bom desempenho nessa época do ano", justifica Ivo, lembrando que a preferência de compra apontada pelos consumidores neste ano será de roupas, smarthphones, celulares, calçados, brinquedos, televisores e eletroeletrônicos.
Entre os lojistas que vão contratar mais funcionários para o Natal deste ano, a maioria (55,7%) espera aumento entre 10% e 20% em relação a 2011. Outros 32,9% projetam crescimento de até 10%, enquanto 8,9% devem aumentar a contratação de temporários entre 20% e 50%. Outros 2,5% são mais otimistas e se preparam para contratar entre 90% e 100% mais que no ano passado. Os contratos de temporários geralmente vigoram entre novembro e dezembro. A preferência é para os cargos de vendedores, operadores de caixa e estoquistas, além de outras funções como fiscais de loja, motoristas e promotores de vendas.
Apesar da intenção e necessidade de contratação de temporários, os lojistas enfrentam, no entanto, algumas dificuldades. Segundo a pesquisa, para 27,9% dos entrevistados, o maior problema é a falta de capacitação. Os demais pesquisados seguem a mesma linha. Outros 24,8% encontram dificuldade em encontrar o perfil adequado para a função, enquanto 21,2% reclamam da falta de profissionalismo dos contratados. Para 16,7%, o maior problema é a falta de experiência, enquanto outros 9,5% entendem que o maior empecilho é reter os funcionários.
Qualificação - "O consumidor de hoje é muito mais exigente quanto ao atendimento e o lojista tem compreendido isso", afirma Gabriel Ivo, lembrando que muitos consumidores preferem até pagar um pouco mais para serem melhor atendidos. Segundo o economista, terão mais chances profissionais com capacitação e experiência.
E para efetivações, o nível de exigência dos lojistas tende a aumentar, incluindo conhecimentos em informática, internet e línguas, tendo em vista a Copa das Confederações, no ano que vem, e a Copa do Mundo, em 2014. No entanto, quanto mais qualificado o profissional, melhor tende a ser o seu salário.
"Este tem sido o dilema do lojista", resume Ivo. Segundo ele, às vezes, o comerciante encontra o profissional com a qualificação desejada, mas não consegue contratá-lo em virtude da pretensão salarial. Nesse caso, pondera, o comerciante tem que calcular as possibilidades de retorno desse investimento, tendo em vista a eficiência do contratado.
Segundo a pesquisa, as perspectivas de efetivação são positivas. Para 53,2% dos lojistas que vão contratar temporários, existe uma grande possibilidade de efetivação. Outros 12,3% indicam que as chances são muito altas, enquanto somente 23,4% dizem que esta possibilidade é baixa. E para 11%, muito baixa. As efetivações acontecem, em sua maior parte, em janeiro, segundo 46,5% dos entrevistados. Para 29,5% dos lojistas, deve ser feita em fevereiro, enquanto 19,4%, indicam o mês de março.
Veículo: Diário do Comércio - MG