O Índice de Preços no Varejo (IPV) na capital paulista, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), registrou alta de 0,75% em setembro. O indicador acumula variações de 1,92% no ano e de 3,29% nos últimos 12 meses.
O grupo Supermercados avançou 2% no mês e foi a maior pressão positiva do IPV. Nesta classe, as pressões mais relevantes foram de tubérculos (21,3%), carnes suínas (7,8%), aves (7,6%), cereais (6,8%) e carnes bovinas (5%). O grupo Açougues teve elevação de 4,1%, com destaque para carnes bovinas (3,2%), carnes suínas (3,9%) e aves (7,93%).
A assessoria técnica da Fecomércio-SP avalia que os alimentos devem continuar a ser os principais vilões dos preços do varejo neste ano. A trajetória se deve a problemas climáticos e a pressões em cadeias produtivas devido à alta de commodities agrícolas como milho, soja e trigo.
O setor de Vestuário, Tecidos e Calçados subiu 0,4% em setembro. A alta, de acordo com a Fecomércio-SP, era esperada com a entrada nas lojas da coleção de primavera-verão, depois da liquidação de peças de inverno. Encerraram setembro pressionados também os segmentos de Material de Construção (0,4%), Veículos (0,1%), Brinquedos (0,9%), Drogarias e Perfumarias (0,1%) e Combustíveis e Lubrificantes (0,1%). Já o setor de Eletrodomésticos registrou decréscimo de 1,9% em setembro, com destaque para Informática (-1%),Telefonia (-1,3%) e Imagem e som (-2,6%).
Eletroeletrônicos
Com o consumo aquecido graças à situação econômica mais favorável à classe C, termômetros como a facilidade de acesso a crédito e os incentivos fiscais do governo federal para aquisição de vários produtos eletroeletrônicos (Lei do Bem) contribuíram para que o faturamento do setor de eletroeletrônicos saltasse de R$ 53,4 bilhões entre janeiro e agosto de 2011 para R$ 54,3 bilhões no acumulado do mesmo período de 2012.
De acordo com a consultoria GfK, hoje tida como a quarta maior empresa de pesquisa de mercado do mundo, os maiores percentuais de aumento do faturamento foram apresentados nas categorias: Consoles de Videogames (126,8%); Tablets (122%); televisores LED sem 3D (79,6%); Multiprocessadores (78,2%); Máquinas de Cortar Cabelo (72%). Destaca-se também o crescimento expressivo de smartphones (45%).
Por meio de nota, Simone Aguiar, gerente de Negócios para Varejo da GfK, explica que o consumidor buscou um produto mais premium, com características técnicas mais aprimoradas. Um exemplo são os refrigeradores de duas portas, que dominam a preferência do consumidor, passando de 36% em 2011 para 41% das vendas em 2012.
A empresa avaliou 71 categorias de produtos no Brasil e a análise mostra que o consumo na Região Nordeste foi o que mais cresceu. O estudo revelou que as vendas no canal generalista - que inclui lojas de departamentos e hipermercados - cresceram 28,4%, enquanto houve queda de 4,2% do faturamento de lojas especializadas (onde estão as lojas de eletrônicos, de artigos de telecomunicações, foto e informática). Além de itens da linha branca, houve evolução dos portáteis, artigos de telecom e itens da linha marrom, com a maior importância no faturamento dentre as Linhas de Produto: 26,5%.
Veículo: DCI