Preço do feijão fecha em alta

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Na última semana de novembro, valor médio em Minas registrou elevação de 19,6%.


O mercado de feijão carioca apresentou uma expressiva valorização no custo da saca no encerramento de novembro, impulsionado por uma restrição cada vez mais intensa no volume de feijão carioca disponível. Já o feijão preto mantém seu padrão comercial característico de estabilidade dos preços, ainda sendo abastecido por importações da China e da Argentina.

Ainda com um volume não significativo para o mercado interno, o feijão já começou a ser colhido no Paraná. Assim, seguindo a tendência da semana, o feijão carioca apresentou pequena elevação no preço, fechando com o preço médio de R$ 139,11 por saca de 60 kg, alta de 2,23% em relação ao preço de encerramento da semana retrasada, que foi de R$ 136,07 por saca.

De maneira mais branda, o feijão preto também apresentou alta no preço da saca, passando de um preço de R$ 103,35 para o preço final da semana de R$ 105,40, valorização de 2,08% do feijão preto nas regiões produtoras do Paraná.

O feijão carioca em Minas Gerais registrou uma variação mais intensa no comparativo entre as regiões produtoras. No fechamento de novembro, o preço médio das regiões produtoras mineiras fechou em R$ 141,00 a saca, durante a semana passada, no entanto, o preço médio sofreu elevação de 19,6%, fechando com o preço médio de R$ 162,50. Vale frisar que o Estado ainda se encontra em fase final de plantio do feijão, sendo que a previsão de colheita é em fevereiro de 2013.


Bolsinha - "Na semana retrasada, o mercado de feijão havia encerrado com aumento nos preços e tendência de mercado firme. Na semana passada, a tendência se confirmou e os preços do feijão carioca voltaram a subir no referencial do mercado, a bolsinha em São Paulo. Como o mercado de feijão carioca segue sendo abastecido pela primeira safra de São Paulo, único Estado produtor que está efetivamente em período de colheita, a pressão de compradores de outras regiões brasileiras sobre a produção paulista impulsionou o preço do carioca", de acordo com o analista de Safras & Mercado Régis Becker.

Como São Paulo apresentou nesta primeira safra uma redução na área plantada e conseqüentemente da produção total de feijão, a oferta ficou ainda mais restrita. Além disso, o cenário de mercado aquecido não deve mudar nos próximos dias, já que a safra paranaense se encontra em estágio bastante atrasado de desenvolvimento e só deve colocar no mercado um volume de feijão considerável a partir do final de dezembro ou início de janeiro.

No fechamento da última semana de novembro, alguns corretores chegaram a pedir de R$ 205 a R$ 210 pela saca de feijão carioca do tipo extra, porém não houve fechamento de negócios a estes preços. Sendo assim, o feijão carioca extra encerrou o mês cotado ao preço médio de R$ 195,00, mostrando valorização expressiva de 14,7% em relação ao preço de encerramento da semana retrasada, que foi de R$ 170,00. O feijão carioca especial, que havia terminado a terceira semana de novembro com a saca cotada a R$ 162,50, apresentou valorização de 12,3% no comparativo semanal e fecha a semana passada com preço médio de R$ 182,50.

O feijão carioca comercial nota 8 seguiu a tendência do feijão carioca e também apresentou alta valorização na semana, passando de R$ 152,50 a saca no fechamento anterior, para o preço médio de R$ 177,50, no encerramento do mês passado, alta de 16,39% no comparativo. O feijão comercial nota 7 foi o tipo de feijão com a valorização mais significativa na semana passada na bolsinha, assim o feijão carioca comercial nota 7 encerra o período com preço médio de R$ 162,50, mostrando valorização de 22,6% frente ao preço de encerramento de R$ 132,50 por saca de 60 quilos na semana retrasada.

O feijão carioca seminovo nota 6 não foi cotado na semana passada, assim, se pegarmos como referencial o último preço cotado deste tipo, que foi em 21 de novembro, a saca esta cotada a R$ 117,50. Para esta semana, a tendência é de que o feijão carioca siga aquecido no mercado interno, podendo ocorrer elevações nos preços da saca, já que alguns corretores já pediram um valor superior ao praticado no referencial.

"Mesmo com o início da colheita do Paraná, o volume de feijão ainda é bastante pequeno para influenciar o mercado interno, assim com a restrita oferta nas regiões produtoras paulistas a tendência é de mercado aquecido nos próximos dias", afirma Becker. Já o feijão preto, a tendência é de que siga estável e sendo abastecido pelas importações, já que não há qualquer sinal de que vá ocorrer algum tipo de modificação na sua oferta ou demanda.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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