Preços internacionais seguiram em retração em novembro.
Os preços internacionais do açúcar seguiram em baixa em novembro, estendendo as perdas dos últimos meses. Contudo, em outubro, as cotações futuras do açúcar bruto da ICE Futures US (Bolsa de Nova York) haviam recuado mais 4% na comparação com os patamares de setembro, a retração em novembro foi mais amena: apenas 1,3%. Os contratos com entrega em março/2013 encerraram a sessão da quinta-feira passada a 19,34 centavos de dólar por libra-peso, ante os 19,60 cents/libra na sessão do dia 31 de outubro.
Como já acontecera nos últimos meses, o superávit global de oferta previsto para 2012/13 afetou as cotações da commodity, que tem conseguindo sustentação, pelo menos, acima dos 19 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York. O ano de 2013 será o terceiro consecutivo no qual a demanda será menor do que a oferta disponível. Segundo relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), o consumo mundial de açúcar vai superar a produção em 9,014 milhões de toneladas.
O Usda apontou que as cotações internacionais do açúcar estiveram em forte queda em novembro, principalmente comparadas com os últimos dois anos, devendo oferecer sustentação para crescimento de demanda. O volume mundial de produção de açúcar permanecerá estável, após o crescimento acumulado de 20% nos últimos três anos, enquanto que o consumo continuará aumentando. A redução acentuada nas produções da Índia e da União Europeia será compensada por outros países. As importações globais devem declinar 3% em 2012/13, uma vez que a China vai importar menos devido ao crescimento da produção local.
Interno - No Brasil, o mês de novembro encerrou-se com pressão para os preços do açúcar em Ribeirão Preto, que ficaram abaixo de R$ 50,00 por saca. Segundo o analista de Safras & Mercado Maurício Muruci, as indústrias estão plenamente abastecidas, ao mesmo tempo em que a disponibilidade de oferta de cana nesta fase da colheita cresceu.
"Embora os relatórios de moagem das entidades representativas de classe tentem forçar a leitura para uma queda na qualidade, o que impacta é o volume maior da produção, visto que a queda na qualidade foi modesta, não representando uma redução substancial no volume de ATR. As cotações externas também refletem esse pessimismo em relação aos preços, com Nova York sem forças para oscilar acima do atual suporte, a qual ela oscila ao redor", aponta Muruci.
Veículo: Diário do Comércio - MG