Dólar: alta antes do Natal passa longe do consumidor

Leia em 2min

Produtos para a ceia e eletrônicos não sofrerão impacto imediato


Mesmo após o dólar atingir nesta semana o maior nível desde maio de 2009, o preço de especiarias tradicionais da ceia natalina e de eletroeletrônicos preferidos no Natal não deverão ter impacto imediato. Com estoques comprados anteriormente, os lojistas prometem não repassar o aumento para os consumidores.

Nem a curva ascendente do dólar ao longo de 2012, que acumula alta de 12%, impactará proporcionalmente nos importados vendidos no Natal, na comparação com o mesmo período do ano passado. A elevação é compensada pela redução do consumo nos países de origem e pela redução do custo de produtos de alta tecnologia. Especiarias que colorem os pratos no fim de ano e simbolizam boa sorte, como amêndoas, avelãs, nozes, uva passa e ameixa, deverão ser vendidas praticamente ao mesmo preço de dezembro de 2011, asseguram os distribuidores.

– Esses mercadorias são importadas de países latinos e europeus, que sentiram os reflexos da crise internacional. Com a diminuição do consumo, o preço na fonte baixou – explica Zildo De Marchi, presidente de uma importadora e distribuidora de especiarias.

Produtos ainda mais selecionados, como damasco, tâmara e pistache, poderão sofrer uma pequena alta – em torno de 5%, segundo De Marchi. As especiarias de origem vegetal são importadas de países como Chile, Peru, Turquia, Itália, Grécia, Tunísia e Espanha.

Eletroeletrônicos poderiam ter recuo maior sem alta do dólar

Grandes vedetes na lista de presentes de Natal, os eletroeletrônicos, que têm quase 100% de seus componentes importados da Ásia, também não terão repasse integral da alta do dólar acumulada no ano. Apesar do impacto direto da moeda, os produtos de alta tecnologia embarcada, como smartphones, tablets e computadores, tiveram queda de preço em razão do aumento de produção.

– Se o dólar não tivesse subido, a redução de preço seria ainda mais visível – explica Régis Haubert, diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.

Conforme Haubert, se a moeda estrangeira continuar no patamar entre R$ 2,10 e R$ 2,20 no mês de dezembro, o reflexo poderá ser sentido pelos consumidores em fevereiro.

– Normalmente, a indústria espera uma estabilização da cotação para alterar preço – completa Haubert, destacando que para as indústrias ainda é mais vantajoso importar componentes de alta tecnologia do que fabricar no país.



Veículo: Jornal de Santa Catarina


Veja também

Cesta básica mais cara em Recife e no interior

Ficou mais caro para os consumidores da Região Metropolitana do Recife (RMR) comprarem a cesta básica, no ...

Veja mais
Estrangeiros são 10% dos candidatos a empregos "top" no país

Um em cada dez profissionais que se candidatam para os melhores empregos no país é estrangeiro. O resultad...

Veja mais
Preço do ovo de galinha subiu quase 18% só este ano

O aumento nos preços dos ovos de galinha está depenando os brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de ...

Veja mais
Produtos in natura deixam cesta básica mais barata no RS

Maior retração de preços foi no tomate, que caiu 36,4% em novembroA soma dos produtos da cesta b&aa...

Veja mais
Com oferta e preços baixos, pesca entra em crise na Espanha

A tarde é ensolarada, mas Alfonso Reyes tem o olhar sombrio ao se defrontar com barcos parados no porto de C&aacu...

Veja mais
Varejo tem nova farmácia 100% on-line

Os empresários da indústria farmacêutica Omilton Visconde Jr., Nelson Libbos, Alexandre Panarello e ...

Veja mais
Hypermarcas vende fábrica por R$ 17 mi

A Hypermarcas assinou contrato para a venda de fábrica de medicamentos localizada em Bragança Paulista (SP...

Veja mais
Programas para o café e o leite

Os programas desenvolvidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas G...

Veja mais
Preço do feijão fecha em alta

Na última semana de novembro, valor médio em Minas registrou elevação de 19,6%.O mercado de ...

Veja mais