A área plantada com sementes geneticamente modificadas - soja, milho e algodão - no Brasil deve atingir 37,1 milhões de hectares no ano agrícola 2012/2013, o que representa uma evolução de 4,6 milhões de hectares, ou seja, 14% em relação à safra anterior. Os dados são do 2º Acompanhamento da adoção de biotecnologia agrícola no Brasil, realizado pela consultoria Céleres.
A soja mantém-se na liderança, com total de 24,4 milhões de hectares (65,7% da área total), seguida pelo milho verão e inverno, com 12,2 milhões de hectares (32,9%), e pelo algodão, com 0,55 milhão de hectares (1,5%). O milho inverno teve taxa de adoção de 87,8% ou 6,9 milhões de hectares a serem plantados com híbridos transgênicos na safra 2012/2013, crescimento de 1,2 milhão de hectares em relação ao plantio em 2011/2012. Para a safra de verão, a expectativa é de que a taxa de adoção chegue a 5,3 milhões de hectares, ou 64,8%, o que representa aumento de 305 mil hectares se comparado ao plantio de 2011/2012. Somando-se as duas safras, 76,1% (12,2 milhões de hectares) da área total plantada com milho utilizou a biotecnologia. Há cinco anos, a adoção total era de apenas 1,2 milhão de hectares, o que demonstra o contínuo crescimento da tecnologia na agricultura.
"Os produtores brasileiros estão investindo cada vez mais em tecnologias que favorecem os ganhos de produtividade. Na cultura do milho, tem-se mostrado uma importante ferramenta para auxiliar o incremento dos indicadores de produtividade do Brasil. Além disso, tecnologias que trazem benefícios indiretos, como maior facilidade de manejo e tranquilidade na condução da lavoura, têm sido essenciais para que o produtor rural brasileiro adote a tecnologia geneticamente modificada", explica Anderson Galvão, engenheiro agrônomo e sócio-diretor da Céleres.
No caso da soja, a previsão da Céleres é de que 88,8% da estimativa atual de plantio para esta safra utilize eventos biotecnológicos. Se comparada à safra anterior, projeta-se um crescimento de 3 milhões de hectares.
Já a cultura do algodão deve ocupar 50,1% da área total prevista para essa campanha, chegando a 546,7 mil hectares. A expectativa é de que a área semeada com algodão transgênico aumente 93,6 mil hectares, principalmente pela maior adoção de tecnologia com tolerância a herbicidas.
Segundo dados do relatório da Céleres, a tecnologia mais utilizada é a tolerante a herbicida, com 25,7 milhões de hectares e com crescimento de 3,6 milhões de hectares em relação à adoção de 2011/2012. Em seguida, aparece a tecnologia de resistência a insetos, com 5,8 milhões de hectares e com crescimento de 450 mil hectares em relação ao ano anterior.
Veículo: DCI