Quando a região de fabricação de um produto é reconhecida como diferenciada, isto agrega valor à mercadoria, em especial se ela é produzida por pequenas e médias empresas, tem origem quase artesanal e consegue preservar a padronização e a qualidade no que é ofertado.
Por enquanto, apenas um produto — as uvas do tipo Goethe cultivadas na região de Urussanga — possui reconhecimento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Outros quatro estão na fila, com expectativa de resposta em até dois anos.
Enquanto outros reconhecimentos não são conquistados, produtores organizados em núcleos de artesanato e agronegócio expõem e comercializam 1,2 mil produtos até o dia 12 de fevereiro no Beiramar Shopping na Vitrine Aroma, Sabor e Arte, do Sebrae-SC, que abre nesta sexta-feira ao público.
Na exposição, os artigos são expostos com a marca Santa Catarina para reforçar o perfil do estado como produtor. A expectativa da organização é de atrair 800 mil visitantes.
Reconhecimento de região valoriza produto em até 50%
O governo de SC, que apoia o evento, também é articulador do Fórum Catarinense de Indicação Geográfica, que reúne universidades, o Sebrae, Epagri e associações de produtores. O diretor de Desenvolvimento Econômico, Dalton Ribeiro, aponta que o fórum trabalha para aumentar o número de produtos catarinenses reconhecidos.
— Hoje, temos apenas um produto, mas queremos ter mais quatro em até dois anos. Ter o reconhecimento pode representar entre 40% e 50% de aumento no valor do produto, em função da qualidade no trabalho para produzir aquela mercadoria específica, que é apenas daquela localidade — aponta Ribeiro.
Segundo a coordenadora geral da área que concede os reconhecimentos no Inpi, Susana Serrão, a meta é sair dos atuais 31 reconhecimentos, no país, e chegar a 150 em todo até 2015. Ela reconhece que o processo, implantado em 1997, era lento, mas com a reorganização no fluxo interno do instituto, será possível chegar ao número projetado.
Veículo: Diário Catarinense