Opções de marcas com valores mais em conta diminuem
Para os filhos, o momento mais esperado antes do retorno às aulas. Para os pais, hora de pesquisar preço e comprar os artigos do material escolar com antecedência e calma.
Quem deixar para as vésperas da largada do ano letivo, poderá pagar mais caro, além de ter de enfrentar lojas lotadas.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV), o material escolar, excluindo livros, subiu 3,73% entre janeiro e dezembro de 2012 em Porto Alegre, enquanto a inflação nacional alcançou 5,74%. Apesar da variação dos produtos ter subido menos do que a inflação, os consumidores tender a sentir aumento de preço até o fim de fevereiro.
— À medida em que a procura for aumentando, a tendência é de que haja alta dos preços, que costumam se sustentar apenas nesta época devido à demanda — diz Márcio Mendes da Silva, chefe do Escritório da FGV na Capital.
Nos últimos anos, de maneira geral, a variação do preço do material escolar vem ficando abaixo da inflação. O desempenho pode ser explicado pelo aumento da concorrência.
— Há muitos produtos vindo da China — observa Silva.
De qualquer forma, para tentar escapar da alta sazonal, a estratégia ainda é a velha e boa pesquisa antes de encher a cestinha. Levantamento feito por ZH em três lojas da Capital na última sexta-feira mostra diferença de preços entre artigos, até mesmo de igual marca. Em alguns casos, o mesmo item chega a custar o dobro em lojas distintas (veja ao lado).
— Podem parecer diferenças pequenas, mas a borracha, massinha ou mochila mais cara fazem a diferença no custo total — aponta o advogado Dori Boucault, especialista em direitos do consumidor e consultor em consumo.
Para cumprir a lista de materiais da escola, alerta Boucault, é importante lembrar que as instituições de ensino não podem exigir artigos de marcas específicas e nem que as compras sejam feitas em determinadas lojas.
Com a lista fornecida pela escola em mãos, a técnica em enfermagem Bruna de Oliveira Nunes, 23 anos, comprou o material do filho Davi Nunes Müller, 7 anos, em mais de uma local na Capital.
— Me antecipei para ter tempo para pesquisar e fugir do movimento. O Davi quis comprar tudo novo. Com mais tempo, conseguimos entrar num acordo quando um produto é muito caro — diz a mãe, enquanto Davi demonstrava ser compreensivo com os argumentos.
SEGUINDO A LISTA
- Evite comprar materiais com personagens e marcas licenciadas, pois, geralmente, os preços são mais elevados.
- Verifique quais os itens que restaram do período letivo anterior e avalie a possibilidade de reaproveitá-los. Em seguida, faça uma pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos.
- Alguns pontos de venda concedem descontos para compras em grandes quantidades. Sempre que possível, reúna um grupo de consumidores e discuta sobre essa possibilidade com as lojas.
- Fique de olho nas embalagens de materiais como colas, tintas, entre outros, que devem conter informações claras se apresentam algum risco ao consumidor.
- Se o filho for muito pequeno, talvez seja melhor não levar junto na hora da compra. Para os maiores, que querem escolher, é importante dar noções de economia para ensiná-lo a valorizar o dinheiro.
Veículo: Zero Hora - RS