A indústria de chocolates ficou estagnada em 2012, ao manter o desempenho registrado em 2011, quando a venda alcançou 650 mil toneladas do produto. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), que divulgou uma prévia de seus números, ainda não fechados, em inauguração do 24º Salão de Páscoa, em São Paulo.
"O desempenho está em linha com o avanço de 1% no PIB", disse Ubiracy Fonseca, vice-presidente da Abicab. No ano passado, os preços de chocolate (em barra) aumentaram 3,71%, segundo o IPCA - no mesmo período o IPCA subiu 5,84%.
Neste edição do evento, 11 empresas apresentam cem lançamentos em ovos e produtos para o período. Os preços dos ovos, segundo as empresas, devem ser 6% mais caros nesta Páscoa, para repor a inflação do período. A Páscoa, que equivale a dois meses de faturamento para a indústria, deve repetir a produção de 18 mil toneladas de produtos alcançada em 2012.
As fabricantes Cacau Show e Acor destoam desta previsão conservadora da associação e preveem crescimento de 29% e 30%, respectivamente. A estratégia da Acor para expandir as vendas inclui ampliação de distribuição com abertura de 198 novas lojas em Minas Gerais, Rio e estados do Norte e Nordeste. A Cacau Show estreia no licenciamento de marcas como Turma da Mônica e Carrossel.
A Lacta, líder com 37% de participação de mercado em chocolates de Páscoa, espera vender 4% a mais do que no ano passado. A Nestlé, vice-lider com 21,7%, estima crescer 5% enquanto a Garoto, com 17%, quer aumentar suas vendas em 2%.
Veículo: Valor Econômico