Tarifa Externa Comum de países externos ao Mercosul foi suspensa neste ano.
Nesta semana, a fraca demanda ainda imperou no mercado de trigo no Brasil. No Rio Grande do Sul, a baixa disponibilidade em mãos dos produtores impõe grandes variações no preço do cereal. "Essas discrepâncias ocorrem devido a fatores como a qualidade do produto, que está muito uniforme no Estado", explicou o analista da consultoria Safras & Mercado Renan Magro. Com isso, as vendas ocorrem pontualmente e em pequenas quantidades. Os valores negociados no Estado para o trigo estão bem comportados, atualmente na faixa dos R$ 680/t para a compra e R$ 700/t para a venda. Assim, no acumulado de um mês a variação do preço do cereal ficou 2,86% negativos no Estado.
Os negócios com trigo utilizado para ração animal estão atualmente com valor de R$ 510/t em média para exportação, apresentando recuo de 7,27% quando comparado com as semanas anteriores, quando a tonelada era negociada a R$ 550. No Paraná, os moinhos seguem, de maneira geral, bem estocados e existe uma certa dificuldade no repasse de preços para a indústria de alimentos. A tonelada de trigo na região oeste do Estado está cotada a R$ 780 na compra e R$ 800 na venda.
Fato importante neste ano para o mercado de trigo no Mercosul é a desoneração da cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) sobre o produto importado de países externos ao bloco, que hoje é de 10%. "Em 2008, num momento semelhante, a TEC foi suspensa, entretanto a medida não teve a resposta esperada e acabou afetando tanto produtores quanto moinhos", afirmou o analista. Outras medidas que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) poderá tomar são a venda de estoques de trigo e o aumento do preço mínimo. Quanto aos estoques governamentais, espera-se que os leilões ocorram nos meses de fevereiro e março. Já quanto aos preços mínimos, a tendência é de pequena alteração para a safra 2013/2014.
Veículo: Diário do Comércio - MG