Consumidores de café querem mais qualidade

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A indústria de café viveu uma grande dúvida nos últimos anos. Como ficaria a participação do café no cardápio diário dos consumidores brasileiros, tendo em vista o crescimento de outros segmentos, como refrigerantes, sucos concentrados, bebidas à base de soja e outros produtos prontos para beber?

A mais recente pesquisa animou o setor. O café está em 95% dos lares brasileiros durante o café da manhã, um percentual superior ao dos anos anteriores, mostra pesquisa da Kantar Worldpanel.

A Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) constatou, também, que o consumo diário médio de café subiu para o recorde de quatro xícaras por dia no Brasil, acima do de Itália, França e Estados Unidos, tradicionais consumidores.

O avanço do consumo, que deverá chegar a 21 milhões de sacas neste ano, ocorre porque a tecnologia colocou o café em todos os lugares, da loja de sapato à joalheria, diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.

Esse crescimento de consumo no lar e fora do lar faz com que o setor tenha evolução de 3,5% ao ano, uma taxa superior à do PIB (Produto Interno Bruto) e à da taxa da população, diz ele.

As pesquisas da Abic indicam que o aumento de consumo é generalizado e vem também das classe C e D.

Outra constatação é que o consumidor está mais exigente e que, mesmo "controlando" preços, quer um produto de melhor qualidade.

O café extraforte, o de melhor relação custo-benefício, perde espaço, enquanto cresce a procura por produto que ofereça mais qualidade.

O programa de qualidade da Abic monitora atualmente 476 marcas de café. Dessas, 115 são produtos classificados como gourmet, e 108, de qualidade superior. Em 2000, as marcas eram voltadas só para café tradicional, sem essa diferenciação de qualidade.

Américo Sato, presidente da Abic, diz que a indústria já percebeu essa nova exigência dos consumidores e está intensificando os investimentos, principalmente na compra de equipamentos.

A indústria investe mais, buscando inovação e diferenciação, e quer recuperar o valor perdido nas últimas década, diz Herszkowicz.



Veículo: Folha de S.Paulo


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