Brasil se abre a trigo russo e espera vender soja

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Às vésperas da chegada do primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, ao Brasil, os técnicos do Ministério da Agricultura já informaram aos russos que será liberada a importação de trigo daquele país. É grande a expectativa, no governo brasileiro, de que sejam assinados importantes acordos sobre comércio e compra de armamentos para a defesa. Reunião técnica bilateral acertou ontem os últimos detalhes para liberar a importação de trigo russo no Brasil e eliminar barreiras à exportação de soja em grão e farelo para a Rússia.

Ainda não há garantia dos russos que, como esperam os brasileiros, seja aumentado o número de frigoríficos autorizados a vender carne suína ao mercado daquele país - espera-se que, amanhã, com as reuniões do grupo de alto nível bilateral, Medvedev anuncie o credenciamento dos frigoríficos, no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. Hoje, apenas quatro frigoríficos que exportam suínos têm autorização para vender à Rússia, e eles já operam em capacidade máxima. Os protocolos de liberação da importação de trigo russo no Brasil e de soja em grão e farelo na Rússia já estão prontos para assinatura. No caso russo, dependem de decisão final do Ministério de Relações Exteriores local.

A soja em grão é o nono produto mais exportado pelo Brasil à Rússia. A liberação da entrada do trigo da Rússia não terá efeito neste ano, porque a seca eliminou excedentes exportáveis naquele país. A Rússia não poderá se aproveitar, portanto, da suspensão temporária da tarifa de importação de trigo decidida neste mês pela Câmara de Comércio Exterior.

Durante a visita de Medvedev, deve ser anunciada também a decisão brasileira de comprar equipamentos de defesa antiaérea de fabricação russa, uma aquisição já negociada pelo Ministério da Defesa no começo do ano, após a concordância russa em transferir tecnologia e fabricar, no Brasil, parte dos componentes do sistema de defesa antiaérea a ser montado. Não há, ainda, decisão final por parte da presidente Dilma Rousseff, que, no entanto, deu sinal verde às negociações sobre a compra, feitas em janeiro, cerca de um mês depois da visita dela a Moscou.



Veículo: Valor Econômico



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