Mesmo com poucas alterações em relação ao cenário traçado em fevereiro, o relatório de oferta e demanda de grãos nos mercados americano e global divulgado sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) ofereceu sustentação às cotações de milho e trigo e abriu espaço para uma pequena queda da soja na bolsa de Chicago.
No milho, a correção de maior impacto foi a ampliação da demanda nos EUA nesta safra 2012/13 para 265,11 milhões de toneladas, 1% a mais que o previsto no mês passado mas 5% abaixo de 2011/12. O USDA não alterou a projeção para os estoques finais do país, mas baixou os globais para 117,48 milhões de toneladas, 0,5% menos que o estimado em fevereiro. Em Chicago, os contratos para maio subiram 12,25 centavos, para US$ 7,0350 por bushel.
Esse salto teve efeitos positivos sobre as cotações do trigo, que pode ser usado como alternativa ao milho em rações. Em Chicago, maio fechou a US$ 6,97 por bushel, ganho de 1,5 centavo, apesar de o USDA ter elevado em 3,7% sua previsão para os estoques finais do cereal nos EUA para 19,5 milhões de toneladas, ante 20,2 milhões em 2011/12.
No tabuleiro da soja, o USDA causou poucas surpresas. O Brasil segue na liderança na produção e nas exportações do grão, mas a "disputa" com os EUA poderá ganhar novas cores caso a escassez de chuvas em áreas do Sul brasileiro se mantenha. Em Chicago houve queda de preços.
Veículo: Valor Econômico