Depois de um 2012 sem crescimento nas vendas de produtos de Páscoa, o setor espera para este ano um avanço médio de 5% em 2013.
"É apenas uma projeção do que ouvimos de nossos associados. Uns projetam alta de 2% ou 3%. Calculamos uma média ponderada pelo que produzem", diz Ubiracy Fonseca, vice-presidente do setor de chocolate da Abicab (associação da indústria de chocolate e outros).
As vendas se concentram na última semana anterior ao evento, em particular nos últimos dois dias.
"O brasileiro deixa para a última hora", diz. Não é para menos, as lojas partem para promoções conforme a Páscoa se aproxima. A Abicab afirma não ter estimativa das perdas com ovos quebrados e sobras, que dificultam a negociação com o varejo.
Empresas têm buscado alternativas para engrossar as vendas, como colocar brindes por fora dos ovos.
A Vonpar, do Rio Grande do Sul, foi além e decidiu deixar o negócio de ovos.
"Vamos sair da grande perda do fim da Páscoa e aproveitar a época para vender nossas marcas conhecidas sem formato de ovo e com brinde externo", diz o CEO Claudio Fontes.
"Os ovos ficam em um estado ruim no final. Todos têm de baixar preço para escoar os produtos, que têm data de vencimento curta. Muito investimento para gerar o equivalente a um 13º mês de faturamento não tem retorno."
Veículo: Folha de S.Paulo