Sites de reclamações de clientes insatisfeitos e que as encaminham às empresas caem no gosto popular João
Os empresários podem até continuar investindo em serviços de atendimento ao cliente, páginas no Facebook e demais redes sociais, mas cada vez mais consumidores elegem os sites de reclamações como canal para levar queixas sobre produtos às empresas.
As páginas na web que atuam na defesa de direitos do consumidor caíram no gosto popular e já são procuradas para resolver os mais diferentes problemas. E, preocupadas com suas imagens, as empresas investem pesado nas respostas e, principalmente, na solução dos problemas. O índice de atendimento aos clientes supera 70% nesse tipo de site.
“Fiz todo o tipo de reclamação porque sei que as empresas se preocupam em resolver. Mas também já fiz elogios por bom atendimento”, disse a fisioterapeuta Carolina Nunes França, de 32 anos, frequentadora assídua do Reclame Aqui, o principal site desse tipo na rede.
Ela conheceu a página há um ano e, a partir daí, transformou-a na maior aliada na hora de fazer queixas. Recentemente, Carolina disse ter comprado um secador de cabelos pelo site de uma rede de supermercados. “Veio com defeito, reclamei com a loja, mas só recebi outro secador quando recorri ao Reclame Aqui”, afirmou.
Para Maurício Vargas, presidente do Reclame Aqui, essa eficiência é o principal motivo do sucesso do site. “Em 2012, recebemos 3,7 milhões de reclamações. Nossa média de solução dos problemas é de 72%”, disse ele, que enfrentou a desconfiança das empresas na época em que criou o site, em 2001. “Hoje, a maioria responde.”
Vargas explicou que o Reclame Aqui serve como uma espécie de intermediário entre o consumidor reclamante e o comércio, indústria e prestadores de serviços. São 70 mil empresas cadastradas. O consumidor pode fazer a reclamação por e-mail, enviado diretamente à empresa. A situação da queixa — se foi respondida ou não ou se foi resolvida — fica aberta à consulta dos internautas e o reclamante é informado das respostas. “Sempre que usei o site obtive resultados”, disse a estudante de marketing Larissa Marques de Souza, 22. “Já fiz pelo menos 16 reclamações e todas as vezes consegui ser bem atendida”, afirmou a jovem, que em três anos já fez queixas contra empresas de telefonia, de TV a cabo e de comércio on-line, entre
outras.
Veículo: Diário de S.Paulo