Mercado de soja está limitado no Brasil

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Movimentação foi lenta na semana passada, destaque para maior volume negociado no Sul.

O mercado brasileiro de soja apresentou poucas alterações nos preços ao longo da semana passada. A movimentação continuou lenta, com destaque para o maior volume negociado pontualmente no Rio Grande do Sul, no disponível, e em Goiás, envolvendo venda futura. De um lado, o mercado foi pressionado pela desvalorização cambial. Em contrapartida, a Bolsa de Chicago passou por um período de reação, evitando perdas mais consistentes no mercado doméstico.

De acordo com relatário de Safras & Mercado, a saca de 60 quilos recuou de R$ 56,50 no dia 4 para R$ 55,50 no dia 12, em Passo Fundo (RS). No mesmo período, o preço ficou estabilizado em Cascavel (PR), R$ 54,00, em Dourados (MS), R$ 48,00, e em Rio Verde (GO), R$ 49,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação subiu de R$ 46,00 para R$ 46,50.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (Cbot), os contratos com vencimento em março acumularam valorização de 2,18%, passando de US$ 13,72 para US$ 14,02 o bushel. O dólar comercial registrou queda de 2,08%, batendo em R$ 1,975 na quinta-feira passada.

Durante a semana, as atenções do mercado estiveram voltadas para o relatório de oferta e demanda de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), divulgado na quarta-feira. Os números surpreenderam. Em um primeiro momento, o mercado sentiu o impacto negativo da elevação nos estoques globais da oleaginosa.

Mas no final da semana, o aperto na oferta americana, ratificado pela manutenção nos números para os estoques finais, quando a expectativa era de elevação, garantiu a recuperação dos contratos futuros.

A produtividade da soja americana segue estimada em 39,6 bushels por acre. Com isso, a projeção para a produção americana foi mantida em 3,015 bilhões de bushels (82,06 milhões de toneladas).

O Usda manteve a projeção para os estoques finais em 125 milhões de bushels. A estimativa de esmagamento subiu de 1,615 bilhão para 1,635 bilhão de bushels. A projeção de exportação passou de 1,345 bilhão para 1,350 bilhão de bushels. O mercado apostava em elevação nos estoques finais, para níveis próximos a 135 milhões de bushels.


Mundial - A produção mundial de soja está agora estimada em 269,63 milhões de toneladas, contra 268 milhões no relatório anterior. Os estoques mundiais subiram de 60,21 milhões para 62,63 milhões de toneladas. O Usda estima produção brasileira de 83,5 milhões de toneladas e argentina de 51,5 milhões de toneladas.

A safra americana teve estimativa mantida em 82,06 milhões de toneladas. A China tem produção estimada em 12,60 milhões de toneladas e deverá importar 61 milhões de toneladas. Em março, a previsão era de uma safra chinesa de 61 milhões de toneladas.

O sétimo levantamento de acompanhamento da safra brasileira da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção nacional de soja de 2012/13 indicou uma produção de 81,94 milhões de toneladas, alta de 23,4% frente à última temporada, quando o Brasil colheu 66,383 milhões de toneladas de soja. No relatório anterior, a Conab estimava safra de 82,06 milhões de toneladas.

Para atingir esse volume, a Conab trabalha com uma área plantada de 27,713 milhões de hectares, numa variação positiva de 10,7% se comparado à última temporada, quando foram semeados 25,042 milhões de hectares. A Conab indica uma produtividade média nacional de 2.957 quilos por hectare, 11,5% superior à média de 2.651 quilos por hectare de 2011/12.

O Mato Grosso deve manter a liderança no ranking de produção, com safra estimada de 23,931 milhões de toneladas, variação positiva de 9,5% se comparado à última temporada. A safra paranaense deverá ter elevação de 42,3%, chegando a 15,596 milhões de toneladas. A safra gaúcha está estimada em 12,193 milhões de toneladas, com um acréscimo de 86,8% se comparado à safra anterior.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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