As vendas a prazo no varejo de São Paulo aumentaram 3,9% na primeira quinzena de abril ante a igual período de 2012. O mesmo aconteceu com as negociações à vista nos primeiros 15 dias do mês, com alta de 3,7% sobre igual período do ano passado. O resultado positivo foi consequência do efeito calendário, já que se observou dois dias úteis a mais que em igual quinzena de 2012. O resultado poderia ser melhor, mas foi prejudicado pela ausência de datas comemorativas no início do mês.
O estudo baseou-se na amostra de dados da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), analisou o resultado como consequência da sazonalidade do período na comparação com a primeira quinzena do mês de março deste ano, quando houve retrações de 17,4% nas vendas a prazo e de 11,7% na modalidade de aquisição à vista. Para ele, "o efeito calendário prejudicou a leitura da quinzena. Será preciso aguardar o fim do mês para uma leitura mais clara do período".
O economista da ACSP, Emílio Alfieri, ressaltou que o fato de a primeira quinzena de abril deste ano ter dois dias úteis a mais que o mesmo período de 2012 contribuiu para a alta nas vendas tanto a prazo quanto à vista ante o início de abril do ano passado. Cauteloso, ele prefere não arriscar uma previsão para os próximos meses e esperar para observar como o consumidor vai reagir ao desempenho da economia a curto prazo.
Inadimplência – O Indicador de Registro de Inandimplentes apresentou elevação de 2% no comparativo com a primeira quinzena de 2012. Na avaliação de Alfieri, o resultado é consequência da forte base de comparação entre os dois períodos. Ele aponta que a inadimplência está estabilizada, pois a recuperação de crédito foi de 2,5% no mesmo período. Em relação aos primeiros 15 dias de março deste ano, o total de inadimplentes recuou 10,8%, enquanto o índice de recuperação de crédito apresentou recuo de 7%.
Veículo: Diário do Comércio - SP