A expectativa para 2013 é de que a produção de leite no Brasil cresça 2%, alcançando cerca de 33,7 bilhões de litros. Também é esperada uma queda de 10% na importação do produto e aumento de 10% nas exportações, esta movimentação será permitida pelos preços mais altos pagos pelo leite em pó no mercado internacional, o que inibe as importações por parte das empresas brasileiras. Caso as expectativas em relação ao crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e de 1% da população brasileira se concretizem, a tendência é de que o consumo per capita de leite também aumente, alcançando 177 litros por habitante ao ano, volume muito próximo ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 200 litros per capita ao ano.

Devido ao cenário de oferta limitada e a tendência de novas reduções no volume a ser produzido, para maio, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta. De acordo com o Cepea, para 85,7% dos agentes entrevistados, que representam 91,9% do volume amostrado, haverá nova alta nos preços do leite em maio. Para o restante, 14,3%, que respondem por 8,1% do volume, a aposta é na estabilidade dos preços. Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços para o próximo mês.

Custos - Em relação aos custos, de acordo com os dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, unidade Gado de Leite, (Embrapa Gado de Leite), os gastos com a produção de leite ficaram menores.

O Índice de Custo de Produção de Leite (ICPLeite) apresentou deflação de 2,79% em março. Neste mês, os grupos de insumos que variaram negativamente foram concentrado, com 5,65% e sanidade, com 1,05%. O grupo de reprodução se manteve estável, enquanto foi registrada alta de 0,26% no grupo de rodução e compra de volumosos, 0,74% em energia e combustível, qualidade do leite, 1,28%, mão de obra, 1,92% e sal mineral, 8,54%.

Somente no grupo de concentrado, que responde pela parcela de 57,54% na composição dos custos de produção, foi registrada queda de 5,65% em março na comparação com fevereiro. Com o resultado, a queda no acumulado dos primeiros três meses de 2013 no grupo chega a 7,98%. A redução está atrelada ao aumento da oferta de grãos, como o milho e a soja, o que promoveu a redução dos preços da ração animal.



Veículo: Diário do Comércio - MG