Importações sobem na China, mas há duvidas sobre alta da exportação

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O sólido crescimento das importações na China em abril fortaleceu a confiança na economia do país, mas os números igualmente robustos das exportações levantaram suspeitas com relação à confiabilidade dos dados.

As importações cresceram 16,8% em abril, se comparadas ao mesmo mês do ano passado, a partir do aumento de 14,1% computado em março, e superaram as estimativas. O forte apetite do país por commodities mostrou uma demanda interna saudável da parte da China, atenuando preocupações sobre uma possível desaceleração.

As exportações tiveram expansão de 14,7% em abril, em relação a abril de 2012, e aceleraram em ante o ritmo de 10% observado em março. O aumento levou o país a computar um superávit de US$ 18,2 bilhões no mês.

Em circunstâncias normais a maciça alta das exportações comporia um quadro tranquilizador sobre a demanda mundial. Mas os dados de exportações da China estão sendo observados de perto, por diferir das tendências apuradas pelos países vizinhos.

Há também evidências de que os exportadores chineses superfaturaram suas notas de venda para fugir aos controles de capital no país e internalizar dinheiro sorrateiramente.

O economista Yao Wei, do Société Générale, observou que, enquanto Taiwan contabilizou uma queda de 2,7% das importações procedentes da China em abril, a China informou uma disparada de 49,2% nas suas exportações com destino a Taiwan.

Num sinal de que o governo chinês está preocupado com o problema, um órgão regulador de comércio exterior divulgou novas normas que determinam controles mais rígidos sobre os exportadores e punição para os que inflam suas notas. Pelo fato de essas normas acabarem de ser anunciadas, não tiveram impacto sobre os dados de abril.

No entanto, as importações de matérias-primas, como minério de ferro, revelaram crescimento persistente em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, o que mostra que a economia chinesa desacelerou, mas não estacionou. As importações de produtos de alta tecnologia também foram robustas, revelando um crescimento de 41,6% em relação a abril do ano passado.



Veículo: Valor Econômico


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