Fipe prevê estabilização de preços da cesta básica

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Os dados do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) e o balanço de preços da cesta básica, feito semanalmente pela instituição, indicam que o efeito das desonerações a produtos da cesta básica pode ter chegado a seu pico na primeira semana de maio. A tendência é que os preços se estabilizem nesse novo nível daqui para frente e as reduções deixem de colaborar para puxar os índices de inflação para baixo a partir deste mês.

O IPC-Fipe avançou 0,31% na primeira quadrissemana de maio, ante 0,28% na última semana de abril. O indicador mede a inflação na cidade de São Paulo.

Na primeira semana de maio - data em que a medida de desoneração completou dois meses de vigência -, a cesta básica paulistana, segundo a Fipe, ficou 4,2% mais barata que na primeira semana de abril, e caiu 8,26% em relação ao preço da primeira semana de março, última antes das desonerações passarem a valer.

"A queda da cesta básica verificada na primeira semana de maio foi a maior, dando sinais de que as desonerações continuaram chegando e de forma forte", disse Rafael Costa Lima, coordenador do IPC-Fipe, lembrando que parte da redução vem também por causa de sazonalidades, como preços de grãos e o período de cortes de carne, sendo difícil mensurar a real dimensão das desonerações na redução dos preços. "Daqui para frente, a redução desses itens não deve mais ser tão forte, e a tendência é que se acomodem por volta deste patamar", disse.

Na primeira quadrissemana de maio, o grupo alimentação teve variação de 0,14% pelo IPC-Fipe, ante alta de 0,20% na quadrissemana anterior. Os alimentos também contaram com uma desaceleração no grupo de produtos in natura, que passaram de alta de 3,36% para 1,83% entre o fechamento de abril e o início de maio.

O leve aumento quadrissemanal do IPC-Fipe foi puxado principalmente por saúde, grupo que passou de alta de 1,31% para 1,58% e respondeu por cerca de 40% do índice. A alta é resultado do aumento já esperado dos medicamentos, variação que chegou a 3,36%, por causa do reajuste no início de abril.

Também tiveram aceleração na leitura da primeira quadrissemana do mês os grupos de transportes (de 0,28% para 0,30%), de despesas pessoais (-0,12% para 0,33%) e vestuário (0,19% para 0,30%). Entre as desacelerações, além de alimentação, ficaram os grupos habitação (0,25% para 0,14%) e de educação (0,18% e 0,10%).



Veículo: Valor Econômico


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