Para alavancar as indústrias têxtil e calçadista, acontecem, em agosto, no CE, feiras voltadas para os setores
Após sofrer uma queda de 20% no faturamento em 2012, a indústria têxtil cearense registrou uma alta de 11,4% na produção do primeiro trimestre do ano. Além de um regime tributário melhor, investir em tecnologia e qualificação de profissionais para uso dos equipamentos é uma das soluções para alavancar o setor. É o que afirma o presidente do grupo Feiras, Congressos e Empreendimentos (FCEM), Hélvio Roberto Pompeo.
O tamanho da exposição passará de um espaço de 1.500 metros quadrados, na primeira edição da Maquintex, para 2 mil metros quadrados FOTO: KIKO SILVA
Dentro deste cenário, Fortaleza será sede da segunda edição da Feira de Máquinas, Equipamentos, Serviços e Química para a Indústria Têxtil (Maquintex), um evento de âmbito internacional realizado pela FCEM, programado para os dias 20 a 23 de agosto, no Centro de Eventos do Ceará (CEC). De acordo com Pompeo, mais de 80% dos equipamentos em exposição no evento são oriundos de outros países. "Para competir com o mercado internacional, temos que ter estrutura tecnológica e pessoas qualificadas para operá-los. Além disso, o governo precisa diminuir os encargos", comenta.
Feira calçadista
Paralela à exposição voltada para a indústria têxtil, o Centro de Eventos recebe ainda a primeira edição da Feira de Máquinas para a Indústria Coureiro Calçadista (Femicc). Conforme Pompeo, Fortaleza foi escolhida pela representatividade do Ceará para a indústria calçadista atual. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as principais influências positivas para o crescimento de 1,7% da indústria cearense, no primeiro trimestre, veio principalmente dos setores de calçados e artigos de couro, com alta de 15,4% no período. "Hoje, o Ceará é considerado o estado que mais produz na área calçadista, embora, segundo a Abicalçados, o valor agregado ainda esteja em São Paulo e Rio Grande do Sul", explica.
Capacidade duplicada
Com junção das duas feiras, até agora, cerca de 400 expositores confirmaram participação no evento. O tamanho da exposição passará de um espaço de 1.500 metros quadrados, na primeira edição da Maquintex, para 2 mil metros quadrados. O aumento ocorre para dar conta das novidades e equipamentos de 35 países diferentes que serão expostos no Centro de Eventos.
Participação
Com um público formado em sua maioria por pessoas das regiões Norte e Nordeste, a organização espera 18 mil visitantes nas duas feiras. Em 2011, na primeira edição da Maquintex, 14 mil pessoas passaram pelo local.
Investimento
Para a realização do evento, um aporte de R$ 600 mil será investido pela organização. Já a expectativa em negociações é de superar a marca de R$ 500 milhões, número faturado na última edição da feira têxtil, que acontece de dois em dois anos.
Veículo: Diário do Nordeste