Eletrodomésticos mais baratos para 'Minha Casa'

Leia em 1min 40s

O governo quer preços mais baixos da indústria no programa que vai financiar a compra de eletrodomésticos para os mutuários do Minha Casa, Minha Vida. Segundo fontes, governo e empresários discutem a possibilidade de incluir fogão, geladeira, lavadora de roupa, televisores e móveis na lista de bens que poderão ser adquiridos com taxa subsidiadas.

Já o setor quer a manutenção da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca e móveis, que termina em junho. Sem essa redução, a avaliação dos empresários é de que o programa não é viável.

Os detalhes do novo programa foram discutidos na quinta-feira, 16, em reunião do setor com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades). Os empresários levaram uma pesquisa de preços para subsidiar o governo no desenho final da modelagem financeira. Também foram discutidos aspectos operacionais, como a implementação do cartão magnético, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, na terça-feira, 14.

A ideia é dar liberdade ao mutuário de adquirir os produtos no varejo com o cartão. Deverá ser fixado um limite de preços para para evitar risco de alta. A linha de crédito deverá ser estendida a todos os mutuários do programa, inclusive os antigos.

Capacidade. Uma das preocupações da área econômica, manifestada no encontro, foi com a capacidade da indústria e do varejo em atender a demanda adicional. Os representantes disseram que não há problemas nesse sentido, principalmente porque as vendas já caíram um pouco. Miriam antecipou que o governo quer fechar o novo programa na semana que vem. A taxa de juros deve ficar entre 5% e 4% ao ano para o financiamento dos produtos.

A diretora-presidente do Magazine Luiza e vice-presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, Luiza Trajano, disse que a participação do setor privado na discussão ajuda no funcionamento rápido do programa. Já o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, avaliou que o programa vai ajudar bastante o setor e disse que há capacidade para atender a demanda.



Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

Produtor de cana do Nordeste terá nova ajuda

Depois de abrir linhas de crédito e reduzir tributos, governo dará subvenção de R$ 125 milh&...

Veja mais
Fabricantes de PC brasileiros perdem espaço no mercado

Na última década, muitos consumidores brasileiros entraram no mundo da computação com PCs de...

Veja mais
Preços mantêm queda no atacado neste mês

Os produtos agropecuários caíram 5,7% no ano, mas ainda acumulam alta de 7,1% em 12 meses. Aves, milho, la...

Veja mais
Alta coloca o tomate entre os líderes em receitas

O Valor Bruto da Produção dos principais produtos agrícolas brasileiros somará R$ 271,1 bilh...

Veja mais
Mudanças simplificam visto de trabalho

Objetivo é facilitar a contratação de profissionais qualificados estrangeiros e atrair estudantes d...

Veja mais
Bactéria ameaça laranjais da Flórida e beneficia o Brasil

O setor citrícola da Flórida enfrenta a mais grave ameaça de sua história: o greening, uma p...

Veja mais
Adesão a acordo internacional dá mais solidez a exportação

O Brasil deve ser considerado mais seguro com universalização internacional de contratos. No início...

Veja mais
Produtores pressionam e governo libera subvenção

Após duas horas de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ontem, em Brasília, os produto...

Veja mais
Grupos internacionais miram setor de cosméticos no Brasil

Marcas de cosméticos e maquiagem traçam planos agressivos de expansão orgânica no Brasil a pa...

Veja mais