A alimentação básica dos paraenses continua entre as mais caras do país. Pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta sexta-feira (17), mostra que em abril deste ano, a cesta básica dos paraenses ultrapassou R$ 300 e custou R$ 307,18 comprometendo cerca da metade do novo salário mínimo.
Segundo o Dieese, varoas são as causas apontadas para justificar esse valor na cesta básica dos paraenses. Ainda hoje, mais da metade dos produtos que chegam para os paraenses são importados de outros estados, trazendo como consequência direta o aumento sucessivo de preço.
De acordo com o estudo, um dos produtos da alimentação dos paraenses que tem contribuído ao longo do tempo para a alta do preço da cesta básica, é o feijão. A exemplo de outros produtos, grande parte do feijão comercializado na capital vem de outros Estados.
Em 2012, a alta acumulada no preço do quilo do feijão comercializado em feiras e supermercados de Belém, chegou a 46,61%, contra uma inflação de 6,20% (INPC/IBGE), calculada para o mesmo período.
Ainda de acordo com o Dieese, em dezembro de 2012, o quilo do feijão foi comercializado em média R$ 5,19. Em janeiro deste ano, houve um pequeno recuo de preço, sendo vendido em média a R$ 5,11; em fevereiro a R$ 5,04; em março voltou a subir de preço, sendo vendido em média a R$ 5,11 e em abril, o quilo já podia ser encontrado por até R$ 5,52, nas feiras e supermercados da cidade.
Baseado nestes dados, o quilo do feijão em abril deste ano foi de 8,02% em relação ao mês de março também deste ano, contra uma inflação que ficou em torno de 0,60%. Nos primeiros quatro meses de 2013, a alta acumulada no preço do produto foi de 6,36 %, contra uma inflação de 2,66%.
O preço pode mudar ainda neste mês, já que pesquisas apontam que já na primeira quinzena deste mês, foram encontradas novas altas no preço do produto. O quilo do feijão (rajado ou cavalo) já ultrapassou o valor de R$ 6.
Veículo: Diário do Pará