Saldo positivo em MG sobe 1,65%

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O saldo de emprego formal em Minas Gerais aumentou 1,65% nos quatro primeiros meses deste ano frente ao mesmo período de 2012, ao fechar o intervalo com 68,507 mil novos postos de trabalho, fruto de 855,674 mil contratações e 787,167 mil demissões. Apesar de pequeno, o percentual ainda ficou acima da média nacional (1,39%). Já em abril em relação a março foram gerados 23,523 mil empregos, aumento de 0,56%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ainda mantendo como base a comparação anual, o melhor resultado no Estado foi registrado pela construção civil, que elevou o número de empregados em 4,49%. No período, o setor admitiu 145,21 mil funcionários e demitiu outros 127,78 mil, gerando um superávit de 17,43 mil.

O segmento da administração pública também teve papel de destaque, com uma alta de 3,08% no saldo dos quatro primeiros meses de 2013, uma vez que admitiu 5,05 mil pessoas e desligou outras 2,83 mil.

Na agropecuária a elevação foi de 2,89%, com 8,04 mil empregos criados no período. A indústria de transformação também alcançou números positivos no intervalo, com crescimento de 2,81%, graças à admissão de 156,44 mil funcionários e ao desligamento de 132,73 mil trabalhadores. O setor de serviços seguiu a mesma tendência de alta, com elevação de 1,59% no superávit de postos de trabalho, fechado em 24,84 mil.

Já o comércio não acompanhou os demais segmentos da economia e foi o único setor com resultado negativo na mesma base de comparação. Foram contratadas pelos empresários mineiros 183,77 mil pessoas, enquanto foram demitidas outras 192,84 mil. A realidade causou um déficit de 9,06 mil postos de trabalho, o que equivale a um resultado 0,98% inferior ao contabilizado no mesmo período de 2012.

Segundo o economista da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas) Gabriel de Andrade Ivo, o resultado reflete o momento de incerteza econômica vivido pelo país neste início de ano. "Sem saber o que iria acontecer, em decorrência da pressão inflacionária, tanto os empresários quanto os consumidores ficaram apreensivos, o que resultou em demissões e piores resultados no segmento", explicou.

Porém, o economista ressaltou que a tendência para os próximos meses é de recuperação. Tanto que na comparação de abril com o mês imediatamente anterior foi registrada elevação no nível de emprego do varejo, da ordem de 0,25%. No período, o saldo positivo foi de 2,33 mil postos de trabalho, fruto da demissão de 46,23 mil e admissão de 48,56 mil comerciários.

Quando a análise é mensal, o destaque no Estado ficou por conta da agropecuária, com elevação do saldo em 1,74%. O segmento registrou em abril 4,87 mil novas vagas, uma vez que demitiu 15,58 mil trabalhadores e contratou outros 20,45 mil.

Segundo o coordenador da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Pierre Vilela, a explicação vem da sazonalidade do setor. Em abril, entram em período de safra as culturas de café, cana-de-açúcar e laranja.

Portanto, até o mês de julho será necessária a contratação intensa de mão de obra para as áreas montanhosas, onde não é possível a utilização de máquinas, para a colheita de café. Já laranja e cana-de-açúcar demandarão por um período maior, até outubro. Portanto, a tendência natural é a de que o resultado no segundo semestre comece a ficar negativo no que diz respeito à mão de obra no segmento.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) o resultado foi positivo em todas as bases de comparação. Somente no mês de abril, o saldo ficou em 5,92 mil novos postos de trabalho, com admissão de 86,54 mil trabalhadores e demissão de 80,61 mil. O resultado é 0,37% superior ao do mesmo período do ano passado. Entre janeiro e abril, o saldo foi de 19,18 mil novos empregos, uma elevação de 1,2% frente ao mesmo período de 2012.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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