Alpargatas dá início à produção neste sábado

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Numa primeira etapa serão fabricados 31 milhões de pares por ano.

Um ano e meio após o anúncio oficial, a maior fabricante de calçados da América Latina, a Alpargatas, já está pronta para produzir as sandálias Havaianas, em Montes Claros (Norte de Minas). No sábado, os primeiros modelos serão fabricados em fase experimental, com "estabilização da produção" prevista para setembro. Da área total, de 360 mil metros quadrados, a área construída é de 90 mil metros quadrados, com capacidade de produção anual de 102 milhões de pares. Os investimentos totais chegam a R$ 279 milhões.

"A fábrica foi construída em tempo recorde, em terreno de mais de 360 mil metros quadrados doado pelo município", informou o prefeito de Montes Claros, Ruy Adriano Borges Muniz. Segundo ele, cerca de dois terços da produção serão destinados ao mercado interno e um terço será exportado, principalmente para países da Europa, Estados Unidos e Ásia, com destaque para a China e Japão.

Nesse primeiro momento, informou Muniz, a unidade ocupará 90 mil metros quadrados, com previsão de produção de 31 milhões de pares ao ano. Segundo ele, mais adiante, por volta de 2015, serão fabricados anualmente 102 milhões de pares de calçados. "A fábrica vai duplicar e triplicar", anunciou.

A assessoria da Alpargatas, no entanto, não confirmou os planos de ampliação, limitando-se a informar que a área construída até o momento tem capacidade para produzir os 102 milhões de pares de sandálias ao ano, conforme o previsto. A empresa informou ainda que, além das sandálias, a fábrica, "de altíssima tecnologia, está preparada para produzir outros calçados de borracha".

Quando a planta estiver operando em sua capacidade máxima, serão gerados 2.250 empregos diretos e mais 2 mil indiretos, que, segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira, também serão mantidos pela empresa.

Na ocasião do anúncio do empreendimento, em outubro de 2011, a Alpargatas informou que a produção da fábrica em sua capacidade total, de cerca de 100 milhões de pares/ano, significaria um aumento de 30% na produção em relação a 2010, quando foram fabricadas e vendidas 244 milhões de unidades de calçados, vestuário e acessórios.

Naquela oportunidade, o presidente da Alpargatas S.A, Márcio Utsch, justificou a escolha por Montes Claros. Segundo ele, o município está próximo dos grandes centros consumidores, "em particular as regiões Sul e Sudeste", além de contar com mão de obra qualificada e já reunir outras multinacionais. "Dessa forma, favoreceremos nossas áreas de distribuição e a logística e aumentaremos nossa eficiência, além de gerar emprego e renda para a região", projetou.

Logística - O prefeito ressaltou que, justamente em virtude da logística, a Alpargatas investiu também em um centro de distribuição. Outro fator que contribuiu para a escolha da cidade, informou Muniz, foi a localização de Montes Claros, na área mineira da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Uma posição que garante benefícios fiscais, concedidos para estimular investimentos em uma região conhecida por baixo desenvolvimento.

"São as mesmas condições de Pernambuco", ressaltou Muniz, lembrando ainda da importância do aeroporto, da rede ferroviária e da concentração de rodovias, ligando as regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste do país. Atualmente, a Alpargatas tem 11 fábricas, sendo oito na Argentina. As outras unidades brasileiras estão localizadas na Paraíba e Pernambuco.

Na ocasião do anúncio da construção da fábrica, a Alpargatas informou que a decisão de uma nova planta no Brasil faz parte de um plano de chegar em 2014 com uma receita bruta de R$ 5,5 bilhões. Em 2010, a receita bruta da empresa foi de R$ 2,6 bilhões. Em 2012 a Alpargatas fechou com receita líquida de R$ 3 bilhões, o que significou uma alta de 16,8% em relação ao ano anterior. A empresa é proprietária das marcas Havaianas, Dupé, Topper, Rainha, Sete Léguas e Meggashop, e é detentora das licenças Mizuno e Timberland.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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