FAO diz alimentos pouco nutritivos prejudicam economia

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A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) disse nesta terça-feira que a obesidade e a nutrição inadequada pesam sobre a economia global e assinalou que investimentos de governos em alimentação saudável poderiam trazer fortes retornos econômicos e sociais.

De acordo com a FAO, os investimentos em pesquisa agrícola deveriam focar em "alimentos ricos em nutrientes como frutas, verduras, legumes e alimentos de origem animal". Para a entidade as propostas de intervenção no sistema alimentar para uma melhor nutrição incluem mudanças na produção "até a porteira da fazenda", com culturas bioenriquecidas e diversificação da criação de animais. A entidade também defendeu que governos devem ajudar consumidores por meio de subsídios, assistência alimentar direcionada para os grupos de risco, tais como crianças e idosos, e uma melhor rotulagem para ajudar os compradores a escolher alimentos mais nutritivos.

A FAO estima que as perdas de produtividade e o crescente aumento de despesas com saúde por consequência de alimentação deficiente "poderiam representar algo como 5% do produto interno bruto global", o equivalente para US$ 3,5 trilhões por ano.

O órgão apontou ainda que 12,5% da população mundial (cerca de 868 milhões de pessoas) estão subnutridas em termos de consumo de energia, enquanto que 26% das crianças em todo o mundo são raquíticas por desnutrição. Cerca de 2 bilhões de pessoas sofrem de deficiências de micronutrientes e 1,4 bilhão de pessoas estão acima do peso, das quais 500 milhões são obesas. Além disso, em países de baixa e média renda, um rápido aumento da obesidade está elevando os custos associados ao problema, conforme a entidade.

Os custos com desnutrição são estimados em 2% a 3% do PIB global o equivalente a US$ 1,4 a US$ 2,1 trilhões por ano, disse a FAO.



Veículo: Estado de Minas


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